segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O Brasil tem 21 cidades em ranking das 50 mais violentas do mundo; veja lista. E só a América Latina, tem as 50 cidades mencionadas no mundo. Isso mostra o sistema educacional em péssimas condições. Precisamos acordar sobre este assunto pois brevemente seremos governados por estes meliantes

ONG faz cálculo com base em dados de taxas de homicídio em 2015.
Lista inclui cidades com 300 mil habitantes ou mais e exclui áreas de guerra.





Do G1, em São Paulo
Caracas, na Venezuela (Foto: Bob Dewel/Only World/Only France/AFP)Caracas, na Venezuela, foi a cidade mais violenta do mundo em 2015  (Foto: Bob Dewel/Only World/Only France/AFP)
O Brasil é o país com o maior número de cidades entre as mais violentas do mundo em 2015, de acordo com um ranking internacional publicado nesta segunda-feira (25) por uma ONG mexicana. Das 50 cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2015, 21 são brasileiras.
A lista, divulgada anualmente pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, leva em conta o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas cidades com 300 mil habitantes ou mais. Foram excluídos países que vivem “conflitos bélicos abertos”, como Síria e Iraque.
Apesar de o Brasil ser o país com mais representantes, o maior índice de violência foi detectado nas cidades da Venezuela. A taxa média brasileira foi de 45,5 homicídios por 100 mil habitantes e a venezuelana, de 74,65. Caracas, capital do país, lidera o ranking geral, com 119,87 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes.
Primeiro lugar por 4 anos seguidos, San Pedro Sula, em Honduras, conseguiu reduzir o número de homicídios e passou para o segundo lugar. San Salvador, capital de El Salvador, ficou em terceiro.
As mais violentas do Brasil
Orla de fortaleza (Foto: Rafael Almeida/TV Verdes Mares)Fortaleza foi a cidade mais violenta do Brasil em 2015, segundo ranking mundial que leva em conta apenas cidades com ao menos 300 mil habitantes  (Foto: Rafael Almeida/TV Verdes Mares)
Das cidades brasileiras, a primeira a aparecer é Fortaleza, em 12º lugar. Em seguida vem Natal, em 13º, Salvador e região metropolitana, em 14º, e João Pessoa (conurbação), em 16º.
Belo Horizonte, que figurava na lista do ano anterior, desta vez não apareceu. O contrário aconteceu com 3 cidades brasileiras, que estavam fora da lista de 2014, mas entraram na de 2015:  Feira de Santana (27º), Vitória da Conquista (36º) e Campos dos Goytacazes (39º).
Também aparecem Maceió (18º lugar), São Luís (21º), Cuiabá (22º), Manaus (23º), Belém (26º), Goiânia e Aparecida de Goiânia (29º), Teresina (30º), Vitória (31º), Recife (37º), Aracaju (38º), Campina Grande (40º), Porto Alegre (43º), Curitiba (44º) e Macapá (48º).
Das 50, 41 ficam na América Latina: 21 no Brasil, 8 na Venezuela, 5 no México, 3 na Colômbia, 2 em Honduras, uma em El Salvador e uma na Guatemala. Outros países com cidades na lista foram África do Sul, Estados Unidos e Jamaica.
O estudo é feito com base em dados oficiais ou de fontes alternativas, como ONGs. A metodologia é explica, país por país, neste link.
AS CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO, SEGUNDO O RANKING
1° - Caracas (Venezuela) - 119.87 homicídios/100 mil habitantes
2° - San Pedro Sula (Honduras) - 111.03
3° - San Salvador (El Salvador) - 108.54
4° - Acapulco (México) - 104.73
5° - Maturín (Venezuela) - 86.45
6° - Distrito Central (Honduras) - 73.51
7° - Valencia (Venezuela) - 72.31
8° - Palmira (Colômbia) - 70.88
9° - Cidade do Cabo (África do Sul) - 65.53
10° - Cali (Colômbia) - 64.27
11° - Ciudad Guayana (Venezuela) - 62.33
12° - Fortaleza (Brasil) - 60.77
13° - Natal (Brasil) - 60.66
14° - Salvador e região metropolitana (Brasil) - 60.63

15° - ST. Louis (Estados Unidos) - 59.23
16° - João Pessoa; conurbação (Brasil) - 58.40
17° - Culiacán (México) - 56.09
18° - Maceió (Brasil) - 55.63
19° - Baltimore (Estados Unidos) - 54.98
20° - Barquisimeto (Venezuela) - 54.96
21° - São Luís (Brasil) - 53.05
22° - Cuiabá (Brasil) - 48.52
23° - Manaus (Brasil) - 47.87

24° - Cumaná (Venezuela) - 47.77
25° - Guatemala (Guatemala) - 47.17
26° - Belém (Brasil) - 45.83
27° - Feira de Santana (Brasil) - 45.50

28° - Detroit (Estados Unidos) - 43.89
29° - Goiânia e Aparecida de Goiânia (Brasil) - 43.38
30° - Teresina (Brasil) - 42.64
31° - Vitória (Brasil) - 41.99

32° - Nova Orleans (Estados Unidos) - 41.44
33° - Kingston (Jamaica) - 41.14
34° - Gran Barcelona (Venezuela) - 40.08
35° - Tijuana (México) - 39.09
36° - Vitória da Conquista (Brasil) - 38.46
37° - Recife (Brasil) - 38.12
38° - Aracaju (Brasil) - 37.70
39° - Campos dos Goytacazes (Brasil) - 36.16
40° - Campina Grande (Brasil) - 36.04

41° - Durban (África do Sul) - 35.93
42° - Nelson Mandela Bay (África do Sul) - 35.85
43° - Porto Alegre (Brasil) - 34.73
44° - Curitiba (Brasil) - 34.71

45° - Pereira (Colômbia) - 32.58
46° - Victoria (México) - 30.50
47° - Johanesburgo (África do Sul) - 30.31
48° - Macapá (Brasil) - 30.25
49° - Maracaibo (Venezuela) - 28.85
50° - Obregón (México) - 28.29

SÓ FALTA O HOMEM VOLTAR PARA SE CONFIRMAR O QUE ESTÁ ESCRITO - Bananas correm risco de extinção

  • 25 janeiro 2016
Foto: GettyImage copyrightGetty
Image captionLavoura devastada pela Doença do Panamá, que ameaça espécie mais popular da banana
A banana é a fruta mais popular do mundo. E além dos seus predicados gastronômicos, ela já foi usada tanto para designar governos corruptos em países tropicais - as Repúblicas das Bananas - quanto para sinalizar algum comportamento estranho - no inglês "going bananas". Também tem se mostrado útil a atletas, como repositora de nutrientes. Quem não lembra do tenista Gustavo Kuerten comendo bananas no intervalos de jogos?
Atualmente, mais de 100 milhões de bananas são consumidas anualmente no planeta.
Mas agora o mundo enfrenta uma nova ameaça que pode provocar, segundo especialistas, a extinção da variedade mais comum da banana, a Cavendish (no Brasil, banana d'água e/ou nanica). E talvez da fruta em todas as suas espécies.
Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.

'Planta exótica'

O jardineiro da propriedade de Chatsworth, Joseph Paxton, recebeu, em 1830, um cacho de bananas importadas das Ilhas Maurício. Paxton havia visto bananas em um papel de paredes de um dos 175 quartos da propriedade. Na esperança de cultivar o fruto, o jardineiro plantou o que seria a primeira bananeira daquela propriedade.
"Paxton sempre esteve atento a novas plantas exóticas e era bem relacionado, o que lhe permitiu saber que bananas haviam chegado à Inglaterra", comenta o atual jardineiro-chefe da propriedade, Steve Porter.
Em novembro de 1835 a bananeira de Paxton finalmente deu frutos. Mais de 100, o que rendeu ao jardineiro a medalha durante a exposição da Sociedade Horticultural britânica.
A banana acabou batizada pelos empregados da propriedade de Cavendishii, já que Cavendish era o nome de família dos donos do local, a duquesa e o duque de Devonshire.
"Naquela época, era muito interessante para uma família inglesa plantar bananas e servir a fruta a seus visitantes", diz Porter. "E ainda é", comenta.
Foto: GettyImage copyrightGetty
Image captionBanana é fruta mais consumida no mundo. O Maior produtor é o Equador
Missionários acabaram levando as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afetou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.
A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou sendo o tipo-exportação. A fruta rendeu, em 2014, US$ 11 bilhões em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de 7 milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.
O problema é que, enquanto produtores aperfeiçoavam a banana Cavendish, encontrada em supermercados do Ocidente quase sempre com o mesmo tamanho e sem manchas, o fungo da Doença do Panamá também evoluiu. E, agora, ameaça seriamente as Cavendish.
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.

Perigo

O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.
Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.
Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".

Outra banana

Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo.
"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.
Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.
"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa. Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".

domingo, 17 de janeiro de 2016

SE PENSAS QUE SOMENTE O RIO DOCE SE ACABOU COM A LAMA EM MARIANA, SE ENGANOU. OUTRO GRANDE RIO OU MELHOR UM DOS SELEIROS DO MUNDO ESTÁ MORRENDO AOS POUCOS E A CULPA TODA É DOS POLÍTICOS QUE SÓ QUEREM ROUBAR O NOSSO DINHEIRO E O RIO VÍTIMA É O TAPAJÓS NO PARÁ





Mineração está matando outro grande rio no Pará. Quem liga?


Por Manoel Dutra em seu blog, sob o título "A morte anunciada chegou: Adeus Tapajós, adeus encontro das águas, adeus praias, adeus Alter do Chão..." (via Diógenes Brandão, no As Falas da Pólis)


De nada adiantou mostrar, pedir, denunciar, publicar carta aberta ao governador do Estado, fazer abaixo-assinado, solicitar a interferência do vice-governador que nasceu às margens do Tapajós, prefeitos, vereadores, deputados. Até mesmo parte da sociedade da região Oeste do Pará parece ter imaginado que isso nunca aconteceria, aliás, que isso nunca se repetiria, como se verificou há quase três décadas: a contaminação de mais de 700 quilômetros de extensão do Rio Tapajós e de seus principais afluentes chegou à sua foz, diante de Santarém.


E agora, como ficará a nascente indústria do turismo que hoje emprega milhares de pessoas ao longo do rio entre Santarém e Itaituba? E a saúde pública, ameaçada pela contaminação dos cardumes por metilmercúrio? E a economia, de modo geral, do Oeste do Estado? E as decantadas belezas daquela região, que atrai os próprios moradores e visitantes de muitas outras partes do Brasil e do exterior?


Talvez ainda agora, hoje, alguém haverá de negar a realidade que está aí diante dos olhos: a poluição por barro, mercúrio, cianeto, sabões, detergentes, graxas e combustíveis tudo isso está agora chegando à frente de Santarém, matando o o encontro das águas e fazendo desaparecer a coloração verde/azulada cuja beleza sempre foi uma das características da foz do Tapajós, onde o grande rio deságua no Amazonas.


Esta era a cor do Tapajós, na sua foz, até novembro passado, na foz, local em que ele deságua no Amazonas, de cor naturalmente amarelada. (Foto: Nil Vieira)
Esta era a cor do Tapajós, na sua foz, até novembro passado, local em que ele deságua no Amazonas, de cor naturalmente amarelada. (Foto: Nil Vieira)
Hoje de manhã, o engenheiro agrônomo Nilson Vieira, uma voz quase solitária a mostrar a devastação das fontes de vida e beleza do Oeste do Pará, em sua página do Facebook, escreveu o que segue:

"As duas primeiras imagens foram feitas hoje (29/03/15) e mostram o Rio Tapajós com águas sem as cores verde-azuladas que lhe são características. As duas outras foram feitas em um passado bem recente, em agosto e novembro de 2014, apresentando cores bem típicas. Segundo moradores das margens do Tapajós, isso não resulta de um fenômeno natural, sendo consequência da atividade garimpeira no leito do Tapajós e de seus afluentes. Pelo jeito, a mistura de barro, lama e metais pesados chegou à foz do nosso lindo rio azul. E agora, José?"

Na frente de Itaituba, o Tapajós feito lama, em foto do dia 11 de março passado. Na imagem menor, à direita, o rio como ele foi até pouco tempo atrás. (blog José Parente)
Na frente de Itaituba, o Tapajós feito lama, em foto do dia 11 de março passado. Na imagem menor, à direita, o rio como ele foi até pouco tempo atrás. (blog José Parente)
Imagem do Tapajós e do lago de Alter do Chão, de dentro de um avião comercial, em setembro de 2012. À esquerda, a 600 metros de altura, já era possível observar a mudança de cor do Tapajós
Imagem do Tapajós e do lago de Alter do Chão, de dentro de um avião comercial, em setembro de 2012. À esquerda, a 600 metros de altura, já era possível observar a mudança de cor do Tapajós
Alter do Chão, em setembro de 2013. Ainda se via a cor natural do rio. E agora, turismo?
Alter do Chão, em setembro de 2013. Ainda se via a cor natural do rio. E agora, turismo?
Tapajós na frente de Itaituba, em dezembro de 2014. Um mar de lama, sem peixes. Rio morto. (Foto Padre Sidney Canto)
Tapajós na frente de Itaituba, em dezembro de 2014. Um mar de lama, sem peixes. Rio morto. (Foto Padre Sidney Canto)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

IMAGINEM SE O PAPA VAI DEIXAR DE SER CATÓLICO ONDE ELE PRESTOU SERVIÇO DE OBEDIÊNCIA A DEUS DURANTE DÉCADAS

Novo livro do papa traz alívio aos que questionam se ele ainda é católico

Quem anda se perguntando se o papa ainda é católico provavelmente vai respirar aliviado ao ler o primeiro livro assinado por Francisco depois que ele assumiu a liderança da Igreja Católica.
O lançamento oficial de "O Nome de Deus é Misericórdia", produzido em parceria com o vaticanista Andrea Tornielli, do diário italiano "La Stampa", acontece nesta terça-feira (12).
Giampiero Sposito - 1.jan.16/Reuters
Papa Francisco beija estátua do Menino Jesus durante missa do Ano Novo na Basílica de São Pedro, no Vaticano
Papa Francisco beija estátua do Menino Jesus durante missa do Ano Novo na Basílica de São Pedro, no Vaticano
O texto, brevíssimo (basta uma tarde para lê-lo), transcreve trechos de conversas entre Tornielli e o pontífice que aconteceram em julho de 2015 nos aposentos de Francisco na Casa Santa Marta, a "hospedaria" do Vaticano.
(Leia trecho inédito sobre corrupção antecipado pela Folha.)
Em seus diálogos com o vaticanista, Francisco aborda o tema da misericórdia divina e do anseio humano por essa misericórdia num tom que já caracterizava os sermões do papa em sua visita ao Brasil, em 2013: o de pároco planetário.
De fato, a "persona" adotada pelo papa no texto é a daquele padre idoso e compreensivo de cidade pequena, acostumado a lidar tanto com as beatas da paróquia quanto com os bêbados que às vezes invadem a missa de domingo.
TRADICIONAL
Por isso mesmo, não há nada no texto que faça jus à aura de revolucionário do pontífice. Mesmo porque as perguntas de Tornielli, bastante domesticadas, raramente tocam temas polêmicos.
O que predomina no pensamento do papa é a reafirmação serena e moderada da doutrina cristã tradicional: sim, o pecado existe (inclusive o pecado original, embora Francisco, defensor da teoria da evolução, não interprete de forma literal a rebelião de Adão e Eva contra Deus); se o ser humano não reconhece a mácula gerada por esse pecado e não deseja o perdão divino, não há esperança para ele.
Francisco, porém, enfatiza a boa notícia embutida nesse cenário teológico aparentemente desolador: não importa o tamanho da escorregada humana nem a frequência dessas escorregadas, Deus estará sempre de braços abertos.
Giampiero Sposito-1.jan.16/Reuters
Francisco abençoa fieis ao fim da missa de Ano-Novo, no Vaticano
Francisco abençoa fieis ao fim da missa de Ano-Novo, no Vaticano
Isso também significa que as pessoas precisam se esforçar para seguir o exemplo do Criador e perdoar sempre —ou "setenta vezes sete", como escreve, citando uma fala de Jesus nos Evangelhos.
Essa convicção motivou Francisco a abrir no fim de 2015 um Ano Santo da Misericórdia, no qual os fiéis podem "zerar suas dívidas" com Deus, por assim dizer.
Em sua conversa com Tornielli, ele ressalta que não há nenhuma grande novidade nessa visão. Tanto João Paulo 2º quanto Bento 16 dedicaram parte importante de seus escritos e de seu apostolado à misericórdia. O título do livro, aliás, é inspirado numa frase do papa emérito e antecessor de Francisco.
NO CONFESSIONÁRIO
Dada essa ênfase na continuidade, algo de fato muda com o pontificado de Francisco? Talvez o mais marcante seja a imagem, repetida pelo papa no livro, de uma igreja que é um hospital improvisado numa zona de guerra, que vai ao encontro de quem se sente ferido, e não uma igreja que permanece fechada em si mesma.
O papa aconselha, por exemplo, os padres a não serem sovinas com as absolvições no confessionário —Francisco é um entusiasta da confissão tradicional— e a dar uma bênção aos fiéis mesmo quando sentem que não é possível absolvê-los.
Cita um padre que admirava, o qual, preocupado por absolver as pessoas com muita facilidade, rezava a Jesus dizendo: "Senhor, perdoe-me, mas foi o Senhor que me deu o mau exemplo de perdoar sempre!".
'por que eles?'
Os aspectos mais polêmicos aparecem tangencialmente na obra, embora Francisco às vezes surpreenda ao abordá-los.
Comentando seu famoso "Quem sou eu para julgar?", a respeito dos fiéis gays, ele afirma: "Prefiro que as pessoas homossexuais se venham confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos".
Em contraste com certos grupos cristãos conservadores, o papa defende a necessidade de um tratamento humano e misericordioso dos que estão na prisão, independentemente do crime que tenham cometido.
"Cada vez que entro numa prisão, tenho sempre este pensamento: 'Por que eles e não eu?'. Devia estar aqui, merecia estar aqui."

domingo, 3 de janeiro de 2016

2016 com suas novidades.Ano promete ser repleto de fenômenos astronômicos visíveis a olho nu

Tem alinhamento de planetas, chuva de meteoros e até planeta que vai 'manchar o sol'

NO CÉU
03/01/2016 - 15h21
Correio Braziliense
O ano de 2016 mal começou, mas já é possível fazer um planejamento dos principais eventos que ficarão visíveis no céu e acompanhar tudo a olho nu, de binóculos ou em um observatório mais próximo de sua casa. E, acredite, valerá a pena. Marte, por exemplo, no primeiro semestre, estará no pico de visibilidade, com um brilho intenso, em especial entre maio e junho, podendo ser visto com facilidade todas as noites nesses meses. Além disso, tem alinhamento de planetas, chuva de meteoros e até planeta que vai “manchar o sol”.
1. Chuva de meteoros Eta Aquáridas – 6 de maio
O mês de maio reserva vários eventos galáticos para observação. Um dos mais belos deve ser a Eta Aquáridas, chuva de meteoros que vai aparecer com o dobro da luminosidade aqui no hemisfério sul. É um conjunto de “sobras” espaciais do Cometa Halley, que deve iluminar o céu com até 60 “estrelas cadentes” por hora em 2016, da noite do dia 6 de maio até o amanhecer do dia 7.
2. Mercúrio “atravessa” o sol – 9 de maio
Ainda em maio, um evento raro vai ficar visível durante sete horas. O planeta mercúrio, o menor do Sistema Solar, vai fazer a travessia do eixo do sol, podendo ser visível como um ponto preto na estrela. O movimento poderá ser acompanhado das 8h12 às 15h42 – uma raridade que todo o percurso possa ser visto nas Américas e no oeste europeu. Para esse, no entanto, vai ser necessário um telescópio com filtro solar (cuidado para não ficar apontando câmeras diretamente para o sol no dia. Se programe!)
3. Alinhamento planetário – 23 de agosto
Dois dos planetas mais visíveis a olho nu na Terra vão estar alinhados: Marte e Saturno. Além dos dois, se juntam a eles a estrela Antares, a mais brilhante da constelação de escorpião, garantindo um espetáculo visual aos interessados. Os três elementos farão uma linha vertical que poderá ser visto mesmo de binóculos. Dica: os brilhos serão entre laranja e vermelho.
4. Encontro planetário – 27 de agosto
Os dois planetas mais brilhantes no céu não deixam o mês de agosto terminar sem outro espetáculo. Vênus e Júpiter ficarão bem próximos no céu, a uma distância equivalente a um terço do diâmetro da lua. Para acompanhar, bastam binóculos no crepúsculo do dia 27.
5. Planeta com nuvem interestelar – 28 de setembro
O planeta vermelho volta a colorir os céus ao “encontrar” com a Nebulosa Laguna, da constelação de Sagitário. As aspas são porque, na verdade, eles estarão a 4 mil anos-luz de distância, mas estarão alinhadas de forma que, com binóculos e telescópios, será possível vê-los em um mesmo campo visual. Prepare as câmeras!
Bônus – Eclipse total do sol – 8 de março
O sol volta a se esconder por trás da lua em momentos de total escuridão, no dia Internacional da Mulher. O evento, ainda que muito esperado por tantos, está como bônus porque só será realmente visível no sudeste asiático, a partir da Indonésia. O eclipse parecerá parcial também em locais como Austrália e Nova Zelândia. Então, se você tem planos de viagem para o local, pode se preparar para a experiência. Caso contrário, foca na lista acima.

Exclusivo: como é o apartamento de Edir Macedo no Templo de Salomão

templo

DCM descobriu, com fontes ligadas à construção do Templo de Salomão, o tamanho e o que existe na nova casa do bispo Edir Macedo. São dois andares da segunda torre do santuário, no sétimo e no oitavo e último andar.
Conforme o memorial descritivo da obra — o documento que orientou os engenheiros nestes quatro anos –, o espaço tem cerca de mil metros quadrados, que podem ser acessados através de cartão magnético no lugar de fechaduras convencionais.
O rei Salomão da Bíblia (970 a.C.- 931 a.C.), filho de Davi, teria construído a Sala do Trono revestida de cedro desde o chão até o teto. O bispo da Universal foi mais ousado, pois o piso de sua casa é de mármore e muitos dos materiais são folhados a ouro, além de tintas com pigmentação dourada especial, entre outras tonalidades.
A casa tem três jacuzzi com hidromassagem para as suítes. Os visitantes podem utilizar a sauna e o elevador privativo para desfrutar dos aposentos do líder da igreja.
Quem for hóspede em um dos 50 apartamentos do templo e quiser dar um alô para Edir Macedo terá à disposição uma sala de cinema, um salão de jogos, uma piscina, uma academia e uma quadra esportiva fechada, feita com grama sintética.
Salomão não teve tantos recursos de diversão. Ele construiu seu templo em 13 anos, até que fosse destruído por Nabucodonosor da Babilônia em 586 a.C.. Edir Macedo foi mais rápido e fez seu monumento em apenas quatro anos, enquanto deixava sua barba branca crescer.
O primeiro templo foi erguido em homenagem à filha do faraó, Naamah, com quem o herói bíblico tinha se casado. Edir Macedo certamente não construiu sua versão para que apenas ele e sua esposa Ester Bezerra aproveitem. Há três jacuzzi para as suítes dos cômodos do bispo.
Os 680 milhões de reais gastos no Templo não são a primeira investida ousada desta igreja neopentecostal. Edir apareceu pela primeira vez no ranking de bilionários da revista americana Forbes em 2013, com fortuna avaliada em 1,1 bilhão de dólares (em torno de 2,5 bilhões de reais).
Naquele mesmo ano, ele disse à agência de notícias Bloomberg que era “o homem mais rico do mundo do ponto de vista da fé em Jesus”.
Parte do dinheiro arrecadado com fieis ajudou a financiar suas instalações luxuosas. O Templo de Salomão atesta seu poder terreno, enquanto os detalhes de seus aposentos particulares revelam uma riqueza ostensiva.
A assessoria de imprensa da IURD, consultada pela reportagem, negou a existência dos aposentos do bispo, mas não o tamanho dos cômodos, nem as jacuzzis, nem as saunas ou a academia. “O próprio bispo Macedo, sempre maldosamente acusado de morar em mansões, na verdade não tem residência fixa e ocupa um apartamento modesto durante suas visitas missionárias por todo o Brasil e mundo”, diz a assessoria.

Segundo andar do apartamento do bispo Edir Macedo, com hall íntimo; closet; suíte máster; sauna privativa com piso em mármore thassos; varanda em mármore travertino; escritório e sala de tv em mármore crema marfil.
Segundo andar do apartamento do bispo Edir Macedo, com hall íntimo; closet; suíte master; sauna privativa com piso em mármore thassos; varanda em mármore travertino; escritório e sala de tv em mármore crema marfil

Áreas internas e externas que conectam a torre A com a torre B do Templo de Salomão. Local inclui quadra de grama sintética; playground; academia; sala de jogos 1 e 2; sanitários masculino e feminino; duas saunas; duas salas de hidromassagem; dois vestiários
Áreas internas e externas que conectam a torre A com a torre B do Templo de Salomão. Local inclui quadra de grama sintética; playground; academia; sala de jogos 1 e 2; sanitários masculino e feminino; duas saunas; duas salas de hidromassagem; dois vestiários