GRAMPOS DA POLÍCIA FEDERAL MOSTRAM ESQUEMA MILIONÁRIO DURANTE GOVERNO DE EDUARDO CAMPOS
Investigações revelaram intensa atividade de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção de empresários e políticos ligados ao PSDB e ao PSB.
Grampos realizados pela Polícia Federal, com autorização da justiça, dentro das Operações “Farda Nova” e ”Zelador”, iniciadas ainda em 2007, para investigar ações do doleiro Jordão Emerenciano, com o “Jogo do Bicho” (objeto da Operação “Zebra”), acabou por flagrar a intensa atividade de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, de políticos e empresários, dentro do governo Eduardo Campos e até do que nas conversas se chamou de negócios com “petróleo”.
Dentre os flagrados pelos grampos da Polícia Federal, destacam-se, pela desenvoltura com que operavam e direcionavam licitações e negócios de empresários em SUAPE, em troca de comissões que chegavam a 35% do valor contratado pelas mais diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado de Pernambuco, o ex-vereador de Jaboatão dos Guararapes, Geraldo Cisneiros, hoje um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves, em Pernambuco e extremamente ligado a tucanos da mais alta plumagem, o ex-deputado federal Bruno Rodrigues, hoje do PSB, mas quando das práticas criminosas filiado ao PSDB e o até hoje presidente da CEASA de Pernambuco, Romero Pontual, do PSB e ex-tesoureiro de campanha do Partido Socialista Brasileiro e do ex-governador Eduardo Campos.
O ex-padre Roberto Francisco Daniel, 49, que teve excomunhão oficializada pelo Vaticano, gravou na última semana um vídeo direcionado aopapa Francisco. Na "conversa", ele questiona a punição determinada pela Igreja católica, tendo em vista o diálogo propagado.
"O interessante é que você vem se mostrando aberto ao diálogo. Aí vem a ratificação da minha excomunhão, que é uma postura de não dialogar. Se a igreja me excomunga porque refleti sobre ideias, onde está a igreja aberta que você está falando?", explica.
Excomungado desde abril de 2013 pela Diocese de Bauru, padre Beto, como era conhecido, recebeu a confirmação da punição na semana passada, por defender o casamento entre gays e divorciados. No vídeo, ele também pergunta ao papa sobre os padres pedófilos que foram afastados, mas não excomungados. "Você tem um clero que muitas vezes não age com ética e transparência", critica.
Atualmente, Beto dá aulas em universidades e escreveu o livro "Verdades Proibidas - ideias do padre que a igreja não conseguiu calar”. Nas redes sociais, o ex-padre fez campanha com a #EaíPapa?. Até as 14 horas desta segunda-feira, 24, o vídeo já havia sido visualizado por 10.118 pessoas. Assista:
Igreja submersa volta a aparecer por causa da estiagem, em Petrolândia
Petrolândia, em PE, teve cidade inundada para construção de hidrelétrica. Seca tem afetado fruticultura irrigada e piscicultura do município do Sertão.
Vestígios do antigo nível das águas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Petrolândia antes da estiagem podem ser percebidos (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
Há 26 anos a velha cidade de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, foi inundada para a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Após a inundação, apenas o topo da Igreja do Sagrado Coração de Jesus ficou visível. Hoje, por conta da estiagem, o volume do Lago de Itaparica reduziu e praticamente metade da estrutura do templo pode ser visualizada. As algarobas ao redor da construção também podem ser vistas, bem como uma caixa d'água de uma escola da velha cidade. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que o volume útil da barragem atualmente é de aproximadamente 16%. No último período chuvoso, o armazenamento máximo do reservatório de Itaparica foi de 44,3%.
Caixa d'água de escola estava submersa e voltou a aparecer (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
A situação prejudica as principais atividades econômicas do lugar. A agricultura, baseada na fruticultura irrigada, registrou uma baixa na produção. Dos aproximadamente 2.000 agricultores, praticamente todos tem a terra mas não estão plantando mais nada. "As estações de bombeamento dos perímetros irrigados já não conseguem captar a água suficiente para atender a demanda dos plantios que existem. Isso já paralisou a produção do município e apenas fruteiras que já estavam produzindo continuam a produção", explica aoG1 o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Pesca, Rogério Viana. Para a agricultora Joana Nogueira fica a tristeza de não poder continuar o cultivo. "Tenho minha propriedade e sou impedida de plantar no meu próprio lote porque não é garantido a água", conta.
Na piscicultura, os pescadores tiveram que se adaptar ao novo nível da água. Segundo o secretário, 90% do que se produz de peixe é em tanques, redes ou gaiolas que são colocadas dentro do lago. Esses equipamentos são colocados em lugares pré-determinados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Porém, por causa da estiagem, eles precisam ser levados para locais de maiores profundidades, que tenham mais oxigênio. Com isso, os custos da produção são elevados e muitos peixes não se adaptam e morrem. "Antes quando ela [barragem] tava cheia, nós pegava até uma tonelada de peixe aqui. Por semana. E hoje em dia para você pegar 150 quilos dá trabalho para você pescar. Nós pegamos 150 quilos agora, no período de uma semana", lamenta o pescador Reginaldo Campos dos Santos. Tô pedindo a Deus que é para que o lago encha de novo que é para nós pegar mais peixer de novo, né?", desabafa.
Petrolândia
Município é localizado a 436 km de distância da capital.
A prefeitura realiza algumas ações para minimizar os efeitos da seca. "Temos disponibilizado equipamentos para abertura e limpeza de canais de aproximação, para que os agriculutores irrigantes consigam captar a água. Estamos articulando um grande encontro de instituições para discutir a situação atual. Ver quais são as perspectivas de chuvas. E quanto pretende-se baixar o nível do lago para que em cima disso possa ser feito um planejamento. A gente trabalha também com a hipótese das chuvas serem insuficientes e chegar ao caos, numa situação que a agricultura irrigada tenha que parar", observa o o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Pesca. Já em relação à pesca, uma reunião está marcada com representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para definir ações.
Agricultora Lucicleide Maria do Nascimento (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
As comunidades rurais também sofrem com a estiagem. A agricultora Lucicleide Maria do Nascimento trabalha em uma produção agrícola mas não cultiva nada em casa. Ainda assim, a família dela tenta controlar a quantidade de água utilizada para consumo humano, pois a localidade costuma ficar até três dias seguidos sem o líquido até para beber. "Tem que economizar bastante para não faltar. Quando a água chega nós colocamos em uma caixa d'água para ir usando", diz.
Velha Petrolândia foi inundada em 1988 para construção de hidrelétrica (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
Interior da igreja com a estiagem (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
Filho do jornalista e comentarista daGlobo, Alexandre Garcia foi encontrado morto na madrugada do último domingo, 23, em Brasília. Gustavo Nunes Garcia, 27 foi encontrado sem vida onde morava com a mãe, arquiteta, na Asa Norte da capital federal.
Ainda sem informações sobre o que pode ter causado a morte do rapaz, a Polícia Militar do Distrito Federal trabalha com a hipótese de suicídio, já que Gustavo não havia saído de casa.
O velório e o sepultamento aconteceram na tarde do último domingo, em Brasília, com presença apenas dos familiares. Alexandre Garcia ganhou alguns dias de folga da Globo para se recuperar.
Manaus - Superfaturamentos, falsificação de documentos, aditivos fora da lei, alertas emitidos, multas aplicadas, recursos, absolvição e, no final das contas, ninguém punido. A construção do Gasoduto Urucu (Coari)-Manaus, iniciada em 2006 em empreendimento liderado pela OAS, foi a primeira grande obra da Petrobras a seguir o roteiro de frouxidão no controle que resultou nos desvios bilionários agora descobertos na operação Lava Jato –ela é uma das nove em que é apontado desvio de recursos da estatal. As informações são da Folha de S.Paulo.
Entre 2007 e 2008, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou investigações nas dezenas de contratos de construção do gasoduto de cerca de 400 km que levaria gás da região de Urucu para Manaus, reduzindo assim a dependência de energia da capital amazonense.
Quando era um projeto, a estimativa era gastar R$ 1,2 bilhão na obra. Foram apuradas pelo TCU 26 irregularidades graves nos contratos, que ficaram sob a responsabilidade do ex-diretor de serviços da companhia, Renato Duque, preso desde o dia 14. A suspeitas iam de superfaturamento a falsificação de documentos.
Nem a estatal nem a empreiteira comentaram o caso até a conclusão desta reportagem. A causa de todos os problemas era simples: a Petrobras começou a obra com projetos incipientes, mesmo sendo uma construção com quilômetros de escavação no meio da Floresta Amazônica.
Ambulância alugada
O aluguel de uma ambulância, por exemplo, saiu por R$ 800 mil. Não deveria custar mais de R$ 54 mil. Para justificar uma dispensa de licitação, apareceram documentos com assinaturas diferentes das mesmas pessoas. Na época da apuração dos desvios, os contratos já somavam R$ 2,2 bilhões. O engenheiro da Petrobras Gésio Rangel de Andrade se recusou a assinar os aditivos para aumentar seu valor por considerá-los irregulares e denunciou os que considerava errado para a empresa.
Segundo sua mulher contou à Folha, Andrade acabou punido pela companhia e saiu da obra em 2007. O chefe de Gésio era Renato Duque. Em 2007, uma comissão com dez deputados visitou as obras para uma inspeção. Nada encontrou de irregular e o relatório final é só elogios ao empreendimento. Entre os congressistas que participaram da visita na época estava Ciro Nogueira (PP), hoje, senador pelo Piauí e presidente de seu partido.
O PP é uma das legendas acusadas de se beneficiar dos desvios na Petrobras, ao lado do PT e do PMDB. Pelas irregularidades apontadas, o TCU pediu explicações a 12 pessoas. No final, apenas três foram multadas em R$ 5 mil cada uma. Também foi determinado que a Petrobras retivesse valores pagos a mais nos contratos da obra do gasoduto.
Outra medida foi a abertura de um processo separado para apurar o superfaturamento em um dos contratos da construção, com o Consórcio Amazonas Gás (a empreiteira OAS era a líder).
Inicialmente, a Petrobras pagaria R$ 666,7 milhões por esse trecho da obra, que acabou recebendo aditivos que a levaram para um total de R$ 1,23 bilhão.
Recurso
As empresas e os três multados no primeiro processo do TCU entraram com recursos e todas as punições foram anuladas, inclusive a retenção de recursos. Já o processo da Amazonas Gás tem uma decisão inusitada dos próprios técnicos do TCU.
Mesmo apurando um sobrepreço de 10% nos itens do contrato investigados e sendo proibido por lei aditivos acima de 25% do valor da obra (nesse caso havia sido de 85%), a recomendação foi arquivar o processo por não haver irregularidades.
O plenário do TCU acabou tendo entendimento diferente. Determinou que fossem identificados os responsáveis pelos contratos e aditivos para que justificassem as decisões deles. Esse processo ainda não terminou e as justificativas estão sendo analisadas pelo órgão fiscalizador. Mas a obra já está encerrada: atrasou três anos e custou R$ 4,5 bilhões, quase o quádruplo do planejado. E, sabe-se agora, foram pagos pelo menos R$ 15 milhões de propina em troca de contratos obtidos com a estatal.
Mais
de dez meses após aquelas palavras, Streiff voltou a falar. O
diagnóstico é praticamente o mesmo, mas impressionante no modo como o
francês se expressou de forma direta. "Schumacher está melhor, mas isso é
relativo. Ele não fala. Ele está paralisado e em uma cadeira de rodas.
Ele tem problemas de memória e de fala", reiterou Streiff em entrevista à
rádio Europe 1.
Schumacher sofreu um grave acidente no dia 29 de dezembro de 2013,
quando esquiava na estação de Méribel, nos Alpes Franceses. O germânico
estava esquiando fora de pista, uma modalidade bastante popular entre
atletas mais experientes, quando caiu e bateu a cabeça em pedra.
Nas
estações de esqui, máquinas percorrem as pistas para remover pedras e
árvores e compactar o gelo. Fora de pista, entretanto, o terreno está em
suas condições normais, com neve mais fofa, árvores e pedras.
Após
o acidente, Michael foi resgatado de helicóptero e transferido para o
Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, na França, onde ficou por
quase seis meses. Em meados de junho, o ex-piloto foi transferido para o Hospital Universitário de Cantão de Vaud, na Suíça, para dar sequência ao seu processo de recuperação mais próximo da casa da família.
Desde então, pouco se soube oficialmente sobre a condição de Michael. A última manifestação da família aconteceu no último dia 13,
por ocasião do aniversário de 20 anos da conquista do primeiro título
do heptacampeão na F1, mas se limitou a um agradecimento pelo carinho
dos fãs.