sábado, 15 de setembro de 2012

PM morto em tiroteio na Rocinha é enterrado com honras militares no Rio de Janeiro

O soldado Diego Henriques, 24 anos, estava na corporação há um ano.
Pai também era policial e morreu ao reagir um assalto em 1994.

Do G1 RJ
 
O soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 24 anos, foi enterrado na tarde desta sexta-feira (14), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O PM foi morto em uma troca de tiros com criminosos, na Rocinha, na Zona Sul da cidade. No enterro do policial, a Secretaria de Segurança Pública informou que o menor apreendido durante a operação realizada na favela, pela manhã, confessou ter atirado no soldado. No entanto, na noite desta sexta-feira, em nota, a Polícia Civil desmentiu a informação e afirmou que o menor não confessou o crime e que ainda está sendo investigado.
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro do soldado Diego Barbosa Henriques (Foto: Marcelo Elizardo/G1)Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro do soldado Diego Barbosa Henriques (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
O corpo de Diego foi enterrado às 16h30. A banda da Polícia Militar homenageou o rapaz com aplausos e com o hino da corporação. Cerca de 200 pessoas acompanharam a cerimônia.
De acordo com a Secretaria de Segurança, essa não foi a primeira tragédia na família do soldado. O pai dele, que também era policial, morreu ao reagir um assalto em 1994. O irmão mais novo da vítima também pretendia seguir carreira na corporação e chegou a prestar o último concurso realizado pela PM no Rio.
Segundo amigos do jovem, Diego namorava há oito anos e pretendia oficializar o noivado ainda este mês. A mãe do rapaz também morreu este ano, em decorrência de um câncer.
Menor apreendido com munições
Diego foi morto no fim da noite de quinta-feira (13), quando realizava um patrulhamento a pé, na Rocinha. Desde o início da manhã desta sexta, a polícia faz uma operação na comunidade. Com o menor apreendido foi encontrado carregadores e munições de pistola calibre nove milímetros, mesmo calibre do disparo que matou o policial militar.
“A PM, naquele e em outros locais, aos poucos começa a agir de maneira capilarizada, começa a sedimentar as suas ações. Mas nós não vamos desistir desse projeto que está salvando vidas. Temos problemas sim, mas temos um plano visível e concreto para o Rio de Janeiro e vamos levar esse plano até o fim”, disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, durante visita à Favela da Chatuba, onde a polícia realiza outra operação.
De acordo com o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas, o suspeito na Rocinha foi preso com informações dos próprios moradores. "Esse fato só nos dá mais força para a gente avançar nesse processo de pacificação. Lembrando que a Rocinha é certamente um dos maiores desafios em função do tamanho e da complexidade. Agora, a partir da semana que vem, com inauguração da UPP, a gente traz ainda a estabilidade para esta área.”
Segundo Caldas, o momento na comunidade é melhor do que os meses logo após a ocupação da PM, em novembro do ano passado, e que os planos de instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) serão mantidos. “Tivemos momentos mais críticos, os primeiros seis meses, a partir da ocupação", explicou. "Diferentemente do que a gente teve no ano passado, a gente está em uma situação de estabilidade. Esse foi um fato que evidencia que a polícia estava presente, às 22h30, uma patrulha nossa, a pé, numa viela, num beco, protegendo as pessoas. E também mostra o tamanho do desafio. Vamos implementar a UPP na semana que vem com toda a força.”
mapa_rocinha_policial_morte_300 (Foto: Editoria de Arte / G1)
Também na manhã desta sexta, o governador Sérgio Cabral comentou pelo Twitter a morte do soldado. Cabral classificou o crime como "mais uma ação desesperada" de marginais.
"O Rio de Janeiro pode ter certeza que não haverá retrocesso nas comunidades pacificadas. O ataque de ontem na Rocinha é mais uma ação desesperada dos marginais", postou o governador.

Operação com cerca de 130 policiais
A PM realiza na manhã desta sexta uma operação com cerca de 130 policiais na Rocinha para tentar prender os suspeitos de envolvimento no assassinado. O soldado e mais três policiais entraram em uma localidade conhecida como Terreirão, onde foram surpreendidos por dois homens armados. Segundo a polícia, houve confronto e o soldado foi atingido no rosto. Ele foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde morreu. Os criminosos conseguiram fugir.
O comando de policiamento da Rocinha antecipou a entrada de PMs e manteve policiais que estavam de plantão. Com isso, o efetivo na comunidade está dobrado. Até as 9h não havia informação sobre presos nem apreensões, informou a polícia.
A Polícia Civil informou que a Divisão de Homicídios da Capital (DH/Capital) instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias do crime.
A patrulha atacada na noite de quinta-feira faz parte da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que já foi instalada na comunidade, embora ainda não tenha sido inaugurada oficialmente. Desde o início dos trabalhos de pacificação, em novembro do ano passado, a Rocinha está ocupada por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq). A área deve receber a 19ª UPP do Rio de Janeiro ainda este ano.
Outras mortes
No dia 4 de abril, o policial Rodrigo Alves, de 33 anos, que também fazia parte do efetivo da Rocinha, foi morto a tiros durante um patrulhamento a pé na comunidade. Na época, Rodrigo também chegou a ser levado para o hospital, mas morreu.
No dia 23 de julho deste ano, a policial Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, morreu após levar um tiro de fuzil 762, em um ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Nova Brasília, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte da cidade. Esta foi a primeira policial morta em serviço em uma comunidade com presença de uma UPP.
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Igreja esclarece nota de repúdio a chefe de campanha de Russomanno

Do G1 SP
nota repúdio (Foto: Reprodução)Nota de repúdio a coordenador da campanha de
Russomanno foi postada na capa do site da
Arquidiocese de São Paulo (Foto: Reprodução)
A Arquidiocese de São Paulo divulgou comunicado na noite desta sexta-feira (14) no qual manteve as críticas feitas ao pastor Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e atual coordenador da campanha de Russomano. Na quinta-feira (13), o site da Arquidiocese publicou uma "nota de repúdio" a um artigo de Pereira.

Em texto publicado em maio de 2011,  Pereira associa o "kit anti-homofobia", que ficou conhecido como "kit gay", à influência da Igreja Católica. A mensagem do pastor voltou a circular nas redes sociais e provocou a primeira reação católica. Na nota de repúdio, a Arquidiocese disse que o texto do pastor revela "destempero" e "cheira à intolerância religiosa". A Igreja Católica afirmou ainda que o PRB é "manifestadamente" ligado à Igreja Universal.
No comunicado de esclarecimento divulgado nesta noite (veja íntegra abaixo), a Arquidiocese detalha que o texto é uma ofensa grave e que, apesar de ter sido publicado no ano passado, continua disponível. "Ainda que a opinião tenha sido do passado, o senhor Pereira não tinha o direito de ofender a Igreja Católica da maneira que o fez."

A Arquidiocese afirma ainda que a Igreja "não apoia e nem deseja que se instaure um clima de disputa religiosa na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo".
"A Igreja Católica não trouxe a questão para o contexto eleitoral. (...) Pereira continua uma das principais lideranças da campanha de Russomano para a Prefeitura de São Paulo. Tudo isso é que traz a questão para o contexto eleitoral, e não a reação, justa, da Igreja Católica a uma ofensa tão grave", afirma o texto.

Candidatos reagem
O candidato do PRB disse que irá procurar o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, para esclarecer suas posições e afirmou que a opinião veiculada em 2011 é de um "blogueiro que é presidente do partido". O petista Fernando Haddad criticou o texto do pastor, disse que não esperava a reação da Igreja Católica e defendeu a tolerância religiosa.
O candidato do PSDB, José Serra, falou sobre a nota em evento de campanha nesta tarde. “Li uma matéria curta, me parece absurda a crítica feita à Igreja Católica, responsabilizando-a pelo ‘kit gay’. Não tem cabimento”, opinou.

Nos sites da campanha de Russomanno e de seu partido, o PRB, não há qualquer menção à manifestação da Igreja Católica em São Paulo.

Ao jornal "Folha de S.Paulo" desta sexta-feira, Pereira disse que o texto foi escrito “em outro contexto” e “não diz nada sobre o momento atual”. Ainda segundo o periódico, o pastor afirma que criaram um perfil falso para divulgar esse conteúdo no Twitter e indaga a "quem interessa trazer isso de volta".
Leia abaixo a íntegra da nota de esclarecimento:
"Prezados,
Sobre cobertura da mídia em relação à Nota de Repúdio da Arquidiocese de São Paulo contra texto publicado no blog de Marcos Pereira; mediante os comentários de Marcos Pereira e Russomano sobre o episódio; e após conversa com o Senhor Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, eu, Rafael Alberto, Secretário de Comunicação desta Arquidiocese, esclareço o que segue:
- Não se trata de o candidato ser católico ou evangélico; a Igreja Católica não apoia e nem deseja que se instaure um clima de disputa religiosa na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Tanto assim que convocou um Colóquio com os principais candidatos cujo único objetivo é debater e refletir, com eles e padres e religiosos, sobre questões e temas de interesse para a cidade de São Paulo;

- A Nota de Repúdio é uma resposta pontual à ofensa que o senhor Marcos Pereira fez à Igreja Católica Apostólica Romana. Apesar de ter sido publicada pelo senhor Pereira há pouco mais de um ano, a manifestação continua postada em seu blog e em outros ligados à Igreja Universal (como no blog do próprio Edir Macedo). Não se trata, portanto, de uma palavra ou opinião do passado. Ela continua publicada e válida para quem quiser ler;

- Ainda que a opinião tenha sido do passado, o senhor Pereira não tinha o direito de ofender a Igreja Católica da maneira que o fez. O direito à liberdade de expressão pressupõe o mínimo de respeito;

- A Igreja Católica não trouxe a questão para o contexto eleitoral. A questão é que, como já afirmamos, o texto continua postado no blog do pastor Marcos Pereira, que continua presidente do partido do candidato Russomano, o PRB. Além disso, Pereira continua uma das principais lideranças da campanha de Russomano para a Prefeitura de São Paulo. Tudo isso é que traz a questão para o contexto eleitoral, e não a reação, justa, da Igreja Católica a uma ofensa tão grave.

- A Arquidiocese de São Paulo não pode influenciar a decisão dos candidatos em participar ou não do colóquio proposto para o dia 20 de setembro próximo. Apenas reitera que o colóquio não tem qualquer cunho partidário e que seu principal objetivo é, pela importância que a Igreja Católica tem na atuação (sobretudo no âmbito de atendimento social do município) junto à sociedade, fazer com que os candidatos, sem ataques pessoais, reflitam e discutam temas importantes para a gestão da cidade de São Paulo.

Além disso, o colóquio está sendo levado com o máximo de respeito a todos os candidatos, cujas assessorias participaram da formalização das regras do evento. Portanto, esperamos que todos os cinco candidatos convidados respondam positivamente a esta possibilidade de contribuir, com qualidade de conteúdo, no processo da disputa eleitoral.

Sendo o que me cabe esclarecer,
Atenciosamente
Rafael Alberto
Secretário de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo
"

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Acidente em Spa pode ser mais um a revolucionar a segurança na Fórmula 1


No último domingo (2), um forte acidente em Spa-Francorchamps , que envolveu quatro pilotos e poderia ter vitimado Fernando Alonso, fez com que discussões sobre melhorias nos bólidos da Fórmula 1 voltassem à pauta. Neste caso, a batida causada por Romain Grosjean fez com que a categoria voltasse a cogitar, agora com mais força, a introdução de cockpits fechados nos carros, o que revolucionaria o visual da F1.
Leia também: McLaren nega possível acordo de Hamilton com a Mercedes
“Acho que a introdução do cockpit fechado é para 2014, já que começamos o projeto há um ano. Pessoalmente, acho que é algo inevitável”, disse Paddy Lowe, diretor técnico da McLaren, que participa dos estudos da nova tecnologia. Para Lowe, Alonso teve sorte de não ter sido acertado e sofrido lesões graves quando a Lotus do francês voou sobre sua Ferrari.
Historicamente, o processo de melhorias nos carros da F1 acontece, na maioria dos casos, sempre após um grave acidente como o de Spa, que chama atenção da FIA e faz com que a federação modifique carros e regras para evitar a repetição de acidentes.
Na década de 1950, os primeiros campeonatos de Fórmula 1 foram disputados em carros que sequer possuíam cinto de segurança, onde os corajosos pilotos guiavam com boa parte do corpo para fora, além de não usarem nenhuma proteção significativa sobre a cabeça. Qualquer colisão mais forte poderia lançar o piloto para fora do carro e provocar sua morte. Nos primeiros dez anos, 14 pilotos morreram. Entre eles o italiano Alberto Ascari, o primeiro bicampeão da história da F1.
A década seguinte continuou a vitimar pilotos. Outros 14 perderam a vida entre 1961 e 1970. Foi apenas depois do acidente com o alemão Wolfgang von Trips, da Ferrari, e o escocês Jim Clark, da Lotus, em Monza, em 1961, que vitimou Von Trips e 14 espectadores que assistiam ao GP, que a FIA resolveu criar um departamento de segurança que obrigasse os construtores da categoria a desenvolver carros mais seguros e resistentes.
Naquela época, as equipes de fiscais de prova eram pouco treinadas e os equipamentos de incêndio e de resgate eram mínimos. Ainda em 1961, a GPDA (Associação dos Pilotos da Fórmula 1) foi criada, para defender os interesses dos pilotos, especialmente com relação aos seus direitos por mais segurança.
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Carros do começo da F1 não tinham cinto de segurança e piloto ficava com parte do corpo para fora do cockpit. Na foto,Alberto Ascari, na Eau Rouge, Bélgica.. Foto: Getty Images Mesmo com algumas evoluções, Jim Clark foi uma das vítimas no início da Fórmula 1. Foto: Reprodução Jackie Stewart, em 1973. Escocês foi um dos principais nomes na luta pelas melhorias na segurança da F1.  Na década de 1970, pilotos passaram a usar capacetes. Foto: Reprodução A McLaren de Senna revolucionou a segurança da F1 ao introduzir carros feitos de fibra de carbono. Mas as mortes prosseguiram na categoria. . Foto: Getty Images Senna foi a última vítima fatal da categoria. Na foto, a Williams do brasileiro, que bateu contra o muro da Tamburello. Foto: Reprodução Robert Kubica só sobreviveu ao forte acidente que sofreu em Montreal, em 2007, porque a célula de sobrevivência o protegeu. Foto: Getty Images
Carros do começo da F1 não tinham cinto de segurança e piloto ficava com parte do corpo para fora do cockpit. Na foto,Alberto Ascari, na Eau Rouge, Bélgica.. Foto: Getty Images
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Em 1963, por pressão dos pilotos, a federação passou a promover inspeções nos circuitos e tornou obrigatório o uso de capacetes, além de introduzir bandeiras de sinalização e aumentar a altura do Santo Antônio (proteção da cabeça do piloto no cockpit), para que o capacete não recebesse o impacto em caso de deslizamento ou capotagem.
Mesmo com os primeiros avanços, Jim Clark, que já havia escapado da morte em 1963, morreu em um acidente no ano de 1968, em Hockenheim. Além dele, o mexicano Ricardo Rodríguez, o norte-americano Peter Revson, o inglês John Taylor, o italiano Lorenzo Bandini e o austríaco Jochen Rindt perderiam a vida naquela década.
Em 1966, no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps, que ao lado de Nurburgring eram consideradas como “pistas da morte”, Jackie Stewart perdeu o controle de sua BRM durante uma forte chuva. Seu bólido bateu em um barranco e capotou. Stewart ficou 30 minutos de cabeça para baixo, preso no carro e com combustível vazando. Quem resgatou o futuro tricampeão da F1 foram seus colegas Graham Hill e Bob Bondurant. A partir disso, o escocês se tornou um dos maiores lutadores pela segurança dos pilotos. Graças a seu trabalho na GPDA, Stewart conseguiu reduzir o traçado de Nurburgring e Spa e reformar as perigosas pistas.
Entretanto, as mortes continuaram na década de 1970. Apesar das modificações nas configurações dos bólidos e da maior atenção da FIA às questões de segurança, 11 pilotos perderam a vida naquela década, em que era comum ver carros pegando fogo após um impacto mais forte. Devido a isto, a FIA passou a exigir o uso de macacões à prova de fogo e de espuma anti-incêndio nos tanques de gasolina e impôs a criação de depósitos de gasolina resistentes ao choque.
Em 1973, no GP da Holanda, o acidente fatal de Roger Williamson deu indícios incontestáveis de que os fiscais de prova e equipes de segurança estavam despreparados para uma situação grave como aquela. O carro do inglês bateu e imediatamente incendiou-se e o piloto precisou receber ajuda de David Purley, que competia pela March e parou seu carro para apagar o fogo e desvirar seu carro capotado enquanto os fiscais não chegavam.
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Outro acidente que ficou marcado aconteceu com Niki Lauda. A batida que quase tirou a vida do piloto em Nurburgring, no ano de 1976, já expôs uma evolução na segurança da F1. Mesmo após ficar preso nas ferragens de sua Ferrari que pegou fogo, Lauda foi retirado com queimaduras, mas resistiu ao acidente. Apesar disso, os anos seguintes viram a morte de Ronnie Peterson na Itália, e de Gilles Villeneuve em 1982, que reafirmavam a necessidade de mais evoluções.
No ano da morte de Gilles, a McLaren passou a construir carros a base de fibra de carbono, uma revolução importante na segurança da categoria. Com isso, na década de 1980, o alto número de mortes passou a decrescer: foram quatro naquela época.
Além da introdução da fibra de carbono pela McLaren, a FIA instalou as primeiras barreiras de proteção de pneus e passou a exigir licenças para que os pilotos pudessem correr. Foram instalados retrovisores, adotadas células de sobrevivência que se estendiam até os pés do piloto; foram exigidos testes de choque frontal nos carros e foi introduzido o safety car. Com todos os avanços, o último piloto a perder a vida naquela época foi Elio de Angelis, em um teste no circuito de Paul Ricard.
Os primeiros anos da década de 1990 começaram sem grandes sustos, mas o fatídico GP de Ímola de 1994 mudou novamente a história da categoria. As mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no fim de semana da prova chocaram o mundo da Fórmula 1 e promoveram mais mudanças. Após Senna bater contra o muro da Tamburello devido à quebra da barra de direção e não resistir ao impacto da suspensão dianteira direita contra seu capacete, a FIA passou a exigir que as equipes construíssem sistemas de suspensão que não se desconectassem do bólido depois de baterem, além de promover novas mudanças em regras e avanços tecnológicos. A partir dali, mais nenhum piloto perdeu sua vida na Fórmula 1.
Recentemente, um dos momentos mais delicados aconteceu em 2007, quando Robert Kubica sofreu um forte acidente ao bater contra o muro a uma velocidade de 230km/h em Montreal. Depois, ainda em alta velocidade, o carro ainda capotou diversas vezes. Quando o bólido finalmente parou, todos que assistiram ao acidente esperavam pelo pior. Mas Kubica sobreviveu graças à célula de sobrevivência, que impediu que o carro se despedaçasse e fizesse o corpo do piloto sofrer impactos violentíssimos. Com apenas lesões leves, Kubica voltaria a correr já no próximo GP, algo impensável nas décadas anteriores.
Após 62 anos e muitas mortes, a maior categoria do automobilismo soma 18 anos sem nenhum acidente fatal, mas a batida em Spa no último fim de semana reacendeu o alerta na categoria. A proximidade que o carro de Grsojean passou do capacete de Alonso fez a categoria repensar e, talvez, decidir de vez pelo cockpit fechado no futuro. “Você vê acidentes como o de Spa de tempos em tempos e pensa que foi sorte. Um dia não será”, disse o diretor técnico da McLaren após o impacto.Carros do começo da F1 não tinham cinto de segurança de piloto ficava com parte do corpo para fora do cockpit. 

Seedorf joga muito e garante vitória do Botafogo sobre o Cruzeiro

O craque holandês Clarence Seedorf jogou como nos grandes tempos de sua carreira, para alegria da torcida do Botafogo . Embalado pela bela atuação do veterano jogador, o time carioca venceu o Cruzeiro por 3 a 1, de virada, no estádio Independência, em Belo Horizonte.
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Lance de Cruzeiro x Botafogo
Seedorf marcou os dois gols da virada botafoguense e liderou o time em campo. Agoa, Botafogo e Cruzeiro estão empatados com 34 pontos na classificação do Brasileirão, após 22 rodadas, e seguem na briga pelo G4.
O holandês marcou dois belos gols para o Botafogo e mostrou que ainda pode apresentar o mesmo futebol refinado dos tempos de Europa. Jadson marcou o terceiro, após lançamento de Seedorf. Pelo lado celeste, chamou a atenção a entrega e a vontade dos atletas, que lutaram até o último minuto, mas conseguiram apenas um gol, anotado pelo volante Tinga.
Confira a classificação atualizada do Brasileirão
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vai tentar a reabilitação em compromisso contra o Sport, jogo marcado para o próximo domingo, na Ilha do Retiro. Já o Botafogo vai receber o Náutico, duelo confirmado para domingo, no Engenhão.
O jogo O duelo entre mineiros e cariocas começou de forma movimentada, com as duas equipes buscando o ataque. Com excesso de jogadores no meio-campo, o Botafogo manteve a posse de bola por maior tempo, mas com a Raposa mais objetiva ofensivamente. Aos poucos, a equipe celeste adiantou a marcação e começou a pressionar os alvinegros.
Sentindo o bom o momento, a torcida jogou com o time cruzeirense, incentivando os atletas dentro de campo. Sem Montillo, Borges passou a ser o homem de referência para os armadores celestes, que buscavam acionar o avante a todo o momento. O jogador, porém, encontrou forte marcação pela frente, o que dificultou as jogadas.
Aos 18, o atacante foi mais rápido que os zagueiros e saiu na cara do goleiro Renan, que fez grande defesa, mas deu rebote que caiu nos pés de Tinga, que não perdoou e mandou para as redes, levando o torcedor à loucura nas arquibancadas do Independência. Aos 23, Souza deu assistência precisa para Everton, que limpou a marcação e bateu cruzado, com enorme perigo.
Com o gol, o Cruzeiro passou a ter as rédeas da partida, acuando o Botafogo no campo de defesa. Após o período de pressão dos donos da casa, os alvinegros resolveram mostrar futebol, e foi preciso apenas dois minutos para que o time carioca chegasse à virada.
Futura Press

Seedorf foi o nome da vitória do Botafogo
Aos 34, o público presente no Independência teve a oportunidade de prestigiar um lance de rara beleza, propiciado pelo holandês Seedorf, que apareceu por trás da marcação e acertou um belo chute de primeira para empatar o jogo. No minuto seguinte, brilhou novamente a estrela de Seedorf, que aproveitou passe de Felipe Gabriel e fuzilou Fábio para virar o jogo em favor dos botafoguenses.
Na etapa complementar, as equipes mantiveram o nível dos 45 minutos iniciais, mas em desvantagem no marcador e atuando em casa, o Cruzeiro procurou tomar a iniciativa do jogo, porém, o Botafogo também agrediu, garantindo um bom jogo no Independência. Aos dez minutos, Seedorf fez lançamento milimétrico para Jadson, que driblou Fábio e marcou o terceiro dos visitantes.
Com 3 a 1 no placar, a torcida que até então apoiava o Cruzeiro, passou a ficar apreensiva, momento que o Botafogo cresceu no jogo e passou a tocar a bola com mais qualidade. Sentindo a falta de Montillo, principal articulador de jogadas do time mineiro, a Raposa passou a ter problemas na saída de bola, fruto do nervosismo e da marcação encaixada pelo time da estrela solitária.
Somente aos 24, o Cruzeiro voltou a chegar com perigo, com avante Wellington Paulista, que fez cruzamento para Everton, que finalizou pressionado pela marcação, mas quase diminuiu o marcador. A partir dos 30 minutos, o time de Oswaldo de Oliveira diminuiu o ritmo e passou a administrar o resultado até o apito final, para comemorar a vitória fora de casa.
Maicon comemora seu gol com Paulo Assunção no jogo São Paulo 1 x 1 Inter. Foto: Vipcomm Dagoberto comemora o belo gol que fez sobre o São Paulo. Foto: Gazeta Press São Paulo e Inter fizeram um jogo equilibrado no Morumbi. Foto: Vipcomm Seedorf comemora um de seus gols na vitória sobre o Cruzeiro. Foto: Gazeta Press Seedorf foi o nome da vitória do Botafogo. Foto: Futura Press Tinga comemora gol do Cruzeiro. Foto: Vipcomm Lance de Cruzeiro x Botafogo. Foto: Vipcomm Os jogadores do Figueirense comemoram o gol, enquanto os corintianos lamentam. Foto: Gazeta Press Romarinho tenta a jogada contra o Figueirense. Foto: Futura Press Martínez, do Corinthians, domina bola em Florianópolis. Foto: Gazeta Press Vágner Love divide bola com Diego Sacoman em Volta Redonda. Foto: Futura Press Vágner Love se ajoelha no gramado. Foto: Futura Press Elano comemora um de seus gols no estádio Olímpico. Foto: Futura Press O técnico Vanderlei Luxemburgo comemora gol do Grêmio sobre o Atlético-GO. Foto: Futura Press Lance do jogo entre Portuguesa e Coritiba, no Canindé. Foto: Gazeta Press Os jogadores da Portuguesa comemoram a boa vitória sobre o Coritiba. Foto: Futura Press Os jogadores do Vasco comemoram o gol de empate. Foto: Futura Press Náutico e Vasco fizeram um jogo movimentado nos Aflitos. Foto: Futura Press Não houve gols no jogo entre o líder Atlético-MG e o Bahia. Foto: Futura Press Lance do jogo entre Atlético-MG e Bahia. Foto: Futura Press
Maicon comemora seu gol com Paulo Assunção no jogo São Paulo 1 x 1 Inter. Foto: Vipcomm