Esportes
Corrupção: nem o vôlei de ouro brasileiro escapa
O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça, pediu demissão do cargo na sexta-feira (14) após ter sido divulgada uma denúncia de corrupção em que ele teria recebido uma comissão de R$ 10 milhões por meio de contratos de patrocínio com o Banco do Brasil. O escândalo, denunciado pelo canal ESPN Brasil, é uma vergonha para o país que vem sendo destaque na mídia internacional por estar a três meses do início da Copa do Mundo. A Controladoria Geral da União vai apurar as irregularidades.
Este é mais um dos casos que choca o país, ainda mais se tratando de um esporte que serve de exemplo para milhões de crianças de todo o Brasil, país que se prepara para sediar as Olimpíadas em 2016.
Para o técnico Bernardinho, o escândalo despertou uma grande tristeza por tudo que o vôlei brasileiro representa. Segundo ele, o esporte não merecia isso e as pessoas não podem ver o vôlei do Brasil manchado por essas denúncias. “Tudo isso para mim é muito triste”, disse ele. Outro técnico do vôlei brasileiro e renomado mundialmente, José Roberto Guimarães, pediu que os fatos sejam esclarecidos e que os culpados sejam, apontados e banidos do esporte.
Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, há uma grande preocupação com as denúncias. Os fatos, ressaltou ele, devem ser apurados por ser uma questão de respeito aos atletas e treinadores. Nuzman ressaltou que tudo deve ser explicado, o que houve e o que não houve. "O exemplo de profissionalismo que o vôlei sempre deu deve ser mantido", afirmou ele.
Copa do Mundo e Olimpíadas
O Jornal do Brasil vem destacando em várias matérias e editoriais a situação dos gastos que estão sendo feitos para realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas em 2016. O altocusto dos estádios, que após o evento, ficarão ociosos, e da infraestrutura para os jogos olímpicos, são temas constantes em nossas edições. Somam-se a isso as recorrentes denúncias de superfaturamento de obras feitas com dinheiro público que deixam de ir para saúde, educação, saneamento e tantas outras destinações que beneficiariam à população brasileira.
Além dos altos gastos, as exigências feitas pela Fifa e as intervenções da entidade em assuntos que não lhe dizem respeito incita todos os brasileiros a uma reação contra o evento que sempre teve no país um dos maiores públicos do planeta. Em editorial publicado em 19/2, o Jornal do Brasil questionava as imposições da Fifa:
Tags: ary, cbv, denúncia, esporte, graça
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