domingo, 29 de novembro de 2015

QUE DEUS DEFENDA OS BRASILEIROS E PERDOE ESTES MALUCOS POIS ELES NÃO SABEM O QUE DIZEM,

TERRORISTAS GRAVAM VÍDEO DIZENDO QUE O BRASIL SERÁ O PROXIMO !

O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou um novo vídeo nesta segunda
-feira (16) no qual diz que os países que participam dos bombardeios aéreos na Síria terão o mesmo destino que a França, alvo de ataques que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos na última sexta-feira (13).
As informações são da agência Reuters.
O grupo também ameaçou realizar um ataque em Washington, a capital dos Estados Unidos.
A mensagem às nações envolvidas no que chamou de “campanha de cruzada” foi feita por um homem vestido com uniforme militar e um turbante, identificado nas legendas como “Al Ghareeb, O Argelino”.
“Dizemos aos Estados que participaram na campanha de cruzada que, por Deus, vocês terão um dia a vontade de Deus, como a França, e por Deus, como atingimos a França em seu centro em Paris, então juramos que vamos atingir a América em seu centro, em Washington”, disse um homem no vídeo.
Não foi possível verificar de imediato a autenticidade do vídeo, que afirma ser obra de combatentes do Estado Islâmico na província iraquiana de Salahuddine, ao norte de Bagdá.
O governo francês classificou os atentados parisienses de ato de guerra e afirmou que não irá pôr fim aos ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
A coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos destruiu 116 caminhões-tanque usados pelo grupo Estado Islâmico no leste da Síria, afirmou nesta segunda-feira (16) o Pentágono.
O Ministério da Defesa da França informou que 10 caças lançaram 20 bombas no domingo à noite na região norte da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treinamento do EI. O grupo terrorista, no entanto, disse que foram atingidos lugares vazios.
Novas ameaças
Mais cedo nesta segunda, o primeiro-ministro francês Manuel Valls afirmou que novos atentados são planejados contra a França e outros países europeus.
“Sabemos que existem operações que estavam sendo preparadas e estão sendo preparadas contra a França e outros países europeus”, disse o primeiro-ministro em entrevista à rádio “RTL”. A França pode ser atacada novamente “nos próximos dias, nas próximas semanas”, completou Valls.
“Eu não digo isso para fazer medo, mas para que cada um esteja consciente. Os franceses retomam o trabalho após esses dias terríveis, as crianças voltam para a escola. A vida deve ser retomada evidentemente, mas nós vivemos e nós vamos viver muito tempo com esta ameaça terrorista. E, sem dúvida, é preciso se preparar para as réplicas [dos ataques]”, declarou Valls.
O premiê também afirmou que a Conferência de Paris sobre o clima (COP21) ficará concentrada na negociação, enquanto os shows e atividades festivas serão “sem dúvida cancelados”.
“Paris será a capital do mundo durante a COP21″, afirmou Valls à rádio “RTL”, em referência ao evento previsto para acontecer entre o dias 30 de novembro e 11 de dezembro. “Nenhum chefe de Estado, nenhum chefe de governo apresentou um pedido de adiamento”, completou.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

É MUITO TRISTE TER QUE VER ESTAS AÇÕES CRIMINOSAS CAUSADAS PELO BICHO HOMEM

Lama atinge região de desova de tartarugas e mata 11 milhões de peixes

Publicado: Atualizado: 
PEIXES MORTOS NO RIO DOCE EM BAIXO GUANDU
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Mesmo com a ação de ambientalistas, os berçários de caranguejos e de peixes, conhecidos como igarapés, na região de Linhares (ES) foram atingidos pela lama que vazou com o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG).
A primeira tentativa foi barrar os resíduos com a instalação de 9 quilômetros de boias na região, há aproximadamente uma semana. Na ocasião, a mineradora informou que tal medida reteria até 80% dos resíduos, o que não aconteceu.
No entanto, segundo o chefe da Reserva de Comboios, Antônio de Pádua Almeida, os ninhos das tartarugas que estavam próximos à foz do Rio Doce foram retirados previamente, para que a lama não os atingisse, mas a chegada dos rejeitos à parte norte da reserva ameaça outros ninhos.
"Conseguimos retirar os filhotes que nasceram e os soltamos em outro ponto no mar como medida de emergência, mas não sabemos se eles serão ou não contaminados. Se o grosso dessa lama vier e ficar depositado tanto na foz quanto nas praias, não sabemos o impacto que vai trazer para a biodiversidade", disse Almeida.
11 toneladas
A lama já provocou a morte de 11 toneladas de peixes ao longo do Rio Doce, segundo o Ibama.
Por ora, 8 milhões de peixes mortos foram retirados no trecho mineiro do rio, entre os municípios de Rio Doce e Aimorés, e 3 milhões a partir desse município até a foz, no distrito de Regência, município de Linhares, no litoral norte do Espírito Santo.
O recolhimento dos peixes, por determinação judicial, está sendo feito pela Samarco com o acompanhamento de equipes do Ibama.
A morte dos peixes é causada basicamente pelo entupimento das guelras por lama. Baixos níveis de oxigênio na água, o que pode ser provocado pela presença em alta quantidade dos rejeitos de minério de ferro, também podem impedir a sobrevivência de animais aquáticos.
Pescadores da região de Linhares já entraram na Justiça com um pedido de liminar para que sejam mensalmente indenizados pela Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
Um audiência de conciliação foi agendada para o dia 2 de dezembro. Em nota, a Samarco informou que ainda não foi notificada da intimação citada.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TUDO ISSO POR FALTA DE POLÍTICA AMBIENTAL OS POLÍTICOS BRASILEIROS SÓ QUEREM SABEREM É DE DINHEIRO NAS CONTAS BANCÁRIAS O MEIO AMBIENTE QUE SE LASQUE. INFELIZMENTE SOMOS OBRIGADOS VER O BRASIL SE ACABANDO.


Barreira de 9 km não impede chegada de lama ao mar no ES

Segundo Comitê da Bacia do Rio Doce, resultado já era esperado.
Já Samarco disse que eficiência das barreiras chegou a ser de até 80%.

Victoria VarejãoDo G1 ES
A barreira de 9 km montada na Foz do Rio Doce, em Regência, Linhares, Norte do Espírito Santo, não foi suficiente para impedir a lama de se espalhar pelo mar na região. Segundo o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Barra Seca e Foz do Rio Doce, Carlos Sangalia, o resultado já era esperado, já que o material não é apropriado para segurar água.
Foto aérea mostra o Rio Doce inundado com lama após o rompimento de barragens da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a australiana BHP, em uma área onde o rio se une ao mar na costa do Espírito Santo (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)Foto aérea mostra o Rio Doce inundado com lama após o rompimento de barragens da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a australiana BHP, em uma área onde o rio se une ao mar na costa do Espírito Santo (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Já a Samarco informou que a eficiência das barreiras instaladas nas áreas protegidas chegou a ser de até 80% se comparada a cor da água no estuário, que é o local de encontro do rio com o mar, com o canal principal do rio.
A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco - cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton - em Mariana(MG) chegou ao mar neste domingo (22), após passar pelo trecho do Rio Doce no distrito de Regência, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, segundo o Serviço Geológico do Brasil.
De acordo com Carlos Sangalia, o material de que são feitas as boias não é apropriado para conter água ou barro. “Tentou-se adequar, mas esse material não segura a água, não tem como. É mais para impedir algum material suspenso, que vem por cima da água, algo mais grosso, para que seja direcionado para a foz do rio”, destacou.
Apesar disso, para a Samarco, mesmo deixando água suja passar, as boias tiveram a eficiência esperada. “Existe um parâmetro que a gente está medindo chamado turbidez, que avalia o quanto a água está turva ou não. Lá no canal principal, as medidas foram de 2,5 mil. Aqui na região (foz em Regência), tivemos resultados de até 500. Então, é 20% do material que está lá no canal principal”, afirmou o representante da mineradora Alexandre Souto.
Lama chega ao mar no litoral do ES (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)Lama chega ao mar no litoral do ES (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
Ministra
Acompanhada pelo governador Paulo Hartung, na tarde desta segunda-feira (23), às 15h, a  ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visita o município de Linhares, localizado na região norte do Estado, para acompanhar as ações emergenciais que estão sendo realizadas  por conta dos rejeitos de lama que castigam o Rio Doce desde o rompimento da barragem de minério, em Mariana (MG).

Segundo o governo do estado, a vinda da ministra ao Estado foi combinada  na última quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, em Brasília, durante reunião de trabalho de Hartung com a presidenteDilma Rousseff, o governador de Minas GeraisFernando Pimentel e ministros. O encontro foi a primeira reunião do Comitê de Gestão e Avaliação de Respostas ao desastre no Rio Doce.

Abrolhos
Nesta sexta-feira (20), Izabella Teixeira garantiu que não há risco de a lama das barragens de Mariana chegar ao Arquipélago de Abrolhos. As ilhas estão localizadas no Oceano Atlântico, no litoral da Bahia.
“Não há expectativa de que vá chegar a Abrolhos e os dados preliminares desse modelo dá uma pluma de dispersão de lama de seis quilômetros ao norte, ou seja, Abrolhos está a 250 quilômetros”, diz a ministra.
Acima, foz do Rio Doce com lama, neste domingo. Abaixo, o estuário sem lama, na sexta-feira (Foto: Secundo Rezende/ Zoom Filmes)Acima, foz do Rio Doce com lama, neste domingo. Abaixo, o estuário sem lama, na sexta-feira (Foto: Secundo Rezende/ Zoom Filmes)
Ação conjunta
Os governos do Espírito Santo e Minas Gerais, juntamente com o Governo Federal se articulam para entrar com ação conjunta na Justiça contra a mineradora Samarco, empresa responsável  pelos danos causados ao ecossistema do Rio Doce após rompimento da barragem Fundão, em Mariana (MG). Uma reunião com a Advocacia-Geral da União (AGU) foi marcada para esta terça-feira (24), em Brasília.

O governador Paulo Hartung explica que desastres ambientais no mundo já mostraram que a saída em casos assim é a ação conjunta. "O modelo que está sendo levado em consideração é o que foi adotado por Estados, cidades e o governo americano, que unificaram procedimentos jurídicos contra a British Oil, por causa do derramamento de petróleo no Golfo do México, em 2010", exemplifica.

Neste episódio, a empresa foi condenada a pagar US$ 20,7 bilhões de indenização ao governo dos Estados Unidos e a cinco Estados – Louisiana, Mississippi, Alabama, Texas e Flórida – pelo desastre ambiental que deixou 11 mortos. “Vamos ampliar a coordenação entre os governos e nossas procuradorias, para que haja maior convergência no campo jurídico”, adianta Hartung.

O desastre ambiental em Mariana, considerado o maior já ocorrido no Brasil, deixou, até agora, sete mortos. Quatro corpos ainda não foram identificados e 12 pessoas, entre moradores e empregados da Samarco, estão desaparecidas.
A lama que vazou com a queda da barragem, depois de destruir Bento Rodrigues, atingiu o Rio Doce via afluentes, chegado ao Espírito Santo. No caminho, os rejeitos de minério de ferro arrasaram fauna, flora e deixaram moradores de cidades ribeirinhas sem água. Hidrelétricas tiveram o funcionamento suspenso.
 Opiniões
Para o secretário geral da ONG Transparência Capixaba, Edmar Camata, os agentes políticos que estão à frente do debate não têm competência para dar as respostas adequadas sobre o problema ambiental, porque não são imparciais.
Camata ressaltou que a atividade de exploração de minério no país é sustentada por um tripé: regulamentação omissa, fiscalização frágil e intervenção fácil nos órgãos de fiscalização.
“A regulamentação é omissa porque não existem marcos regulatórios bem claros; fiscalização frágil, já que não adianta falar em multa de R$ 250 milhões, se a gente sabe que um percentual dela, além de não voltar para tratar o dano que foi causado, é recolhido pelo Ibama; e a intervenção fácil é explicada, porque esses órgãos de fiscalização não são agências reguladoras, são órgãos que, do dia para a noite, tira-se dirigente, muda-se o superintendente e até o dirigente nacional”, pontuou.
Segundo Camata, o que acontece é um ciclo de grandes corporações, muito dinheiro e uma exploração de commodities, exportados de forma barata para o mundo todo. Para ele, o ciclo é sustentado pelo financiamento empresarial de campanhas políticas. 
Protesto na foz do Rio Doce, antes da chegada da lama, no sábado (21) (Foto: Secundo Rezende/ Zoom Filmes)Protesto na foz do Rio Doce, antes da chegada da lama, no sábado (21) (Foto: Secundo Rezende/ Zoom Filmes)
“Os agentes políticos que estão à frente desse debate trazem respostas como se elas tivessem sido muito debatidas. Eles deveriam, na verdade, fazer uma reflexão republicana e ver que não são imparciais para dar essas respostas. Precisamos trazer os melhores pesquisadores, ampliar o debate com a sociedade, para que a gente saiba exatamente de que tipo de dano a gente está falando”, afirmou o representante da Transparência Capixaba.
O padre Kelder Brandão contou que realizava um grupo de estudo interdisciplinar sobre a crise hídrica, quando sobreveio a tragédia em Mariana. De acordo com ele, o acontecimento explicitou a omissão e conivência do poder público com o mau uso dos recursos naturais. “Isso acontece em função do financiamento de campanha, da autorregulamentação das empresas privadas. É um conjunto de fatores que fazem com que a população sofra com a estiagem e, agora, com essa tragédia que mostra a morte do Rio Doce”, disse.
Segundo o padre, um dos principais problemas na questão da administração da tragédia é a arrogância e ignorância das autoridades. “A empresa não sabia nem se a lama ia chegar ao Rio Doce. Temos que conscientizar a sociedade que está nas mãos dela reverter esse quadro, porque o poder público e a iniciativa privada não têm interesse e não demonstram vontade em solucionar os problemas sociais e ecológicos que dizem respeito à vida da população”, opinou.

domingo, 15 de novembro de 2015

SERÁ QUE O MUNDO ESTÁ PRECISANDO DISSO? OU SERÁ QUE O POVO DO MUNDO PERDEU A FÉ DE DEUS?

 - Atualizada às 

Estado Islâmico diz ter infiltrado mais de 4 mil terroristas entre refugiados

Segundo operador do grupo, ação é só o começo de vingança. França estaria buscando homem em um acampamento

O DIA
Rio - Um operador do Estado Islâmico na Europa revelou que a organização terrorista infiltrou mais de 4 mil homens entre os refugiados que pedem asilo em diferentes nações europeias. Segundo o homem revelou ao "BuzzFeed", sob condição de anonimato, que a operação do grupo é um completo sucesso. "Apenas espere", disse sorrindo. Nesta quinta-feira, o "Daily Mail" informou que a polícia francesa busca desesperadamente, em um acampamento para refugiados em Calais, um homem que seria membro do Estado Islâmico.
Estes homens têm seguido a mesma rota dos refugidos, embarcando em travessias para Grécia e viajando através da Turquia para a Europa. Segundo o operador do grupo, a infiltração de homens disfarçados entre refugiados é só o começo de uma vingança pelos ataques que o grupo sofre de países aliados aos Estados Unidos na União Europeia.
Liderança do Estado Islâmico discursa diante dos reféns, no Iraque
Foto: Reprodução Internet
"Se alguém me atacar, com certeza vou atacar de volta", afirmou o homem. "É nosso sonho que haja um califado não só na Síria, mas no mundo inteiro", disse. "E vai ocorrer em breve", completou.
Mais de 1 milhão de refugiados partiram da Turquia para a Europa fugindo da matança na Síria. As nações com maior recepção têm sido Alemanha e Suécia.
O homem reiterou que teve permissão do chefe do grupo para falar. "Têm coisas que posso contar e outras não", disse ele. Em seguida, afirmou que a operação do grupo no Ocidente não pretende atingir civis, mas governantes. "Apesar de não ter muitos detalhes sobre os ataques", falou.
As declarações ocorrem após o grupo ter emitido um chamado para os muçulmanos irem à Europa lutar contra o "Ocidente infiel".
No Facebook chegou a circular a imagem de um homem armado na Síria, em 2014, e depois o mesmo entre os refugiados neste ano. Alguns internautas o acusavam de ser um terrorista doEstado Islâmico. Foi descoberto pela "BBC", que na verdade, Laith Al Saleh era parte do Exército para Libertação da Síria, que luta contra o grupo terrorista. 

COMO SIDADÃO MARANHENSE QUE MORA EM MANAUS E ACOMPANHA TUDO QUE ACONTECE NO MARANHÃO, TENHO QUE DÁ RAZÃO POIS NÃO PODERIA SER DIFERENTE O QUE O ESTADO DO MARANHÃO PASSOU DE BOM E DE RUIM, FOI PURA RESPONSABILIDADE DE SARNEY ELE GOVERNOU DURANTE 50 ANOS EU ERA GAROTO QUANDO AINDA NEM VOTAVA O SARNEY JÁ DISPUTAVA A CÂMARA FEDERAL. EU JÁ ESTOU CHEGANDO AOS 60 ANOS E SARNEY AINDA TEM INFLUÊNCIA NO MUNDO POLÍTICO. E O POVO TEM PARCELA DE CULPA TAMBÉM PORQUE VOTOU NELE DURANTE TODA VIDA PÚBLICA.

Sarney ainda exerce influência nas decisões sobre os rumos do país

Um experiente conselheiro político, apesar de não exercer nenhum cargo público

CENÁRIO
15/11/2015 - 09h53
João carvalho Jr. Especial para O IMPARCIAL
Dilma e Sarney em Brasília
Odiado por uns, querido por outros. Há quem diga que ele é sinônimo da velha política. Mas há quem ainda veja nele a figura mais expressiva para opinar nas principais decisões do país. Sem contar os que sabem que, com ele, no jogo político, não se brinca. Quando se imagina que sua história acabou, eis que ele escreve mais um capítulo como se redigisse mais um livro da sua bibliografia. José Sarney reapareceu de vez.
Desde quando deixou o Senado Federal, o ex-presidente da República (o primeiro depois da redemocratização) deixou-se descansar e voltar suas atenções primárias para a família. A sua principal e única preocupação seria a saúde da mulher com quem é casado, Marly Sarney.
Sarney se afastou do mundo político com declarações que levavam os críticos a se perguntarem se ele havia cortado relações com o grupo ao qual esteve perto nos últimos 12 anos. Passados alguns meses, ele foi visto publicamente em eventos oficiais do governo federal, ao lado da presidente Dilma Rousseff, mostrando o quanto ainda tem prestígio no meio em que poucos nomes sobrevivem no topo por muito tempo. As aparições e as palavras de Sarney fazem eco nos meios de comunicação, mostram o quanto ele ainda consegue ser ouvido e decisivo em determinados assuntos.
A mais recente declaração de Sarney dá conta daquilo que todos os integrantes do PMDB maranhense vêm falando desde quando passou-se a especular qual o real posicionamento do partido em relação ao governo Flávio Dino. “O povo nos colocou na oposição. É isso que nós vamos fazer: oposição ao governo.” As palavras são quase que copiadas na íntegra pelos integrantes do partido, sejam os que mantêm a sua linha mais tranquila, sejam os que agem com mais rigidez no papel de contrário à atual gestão. Tudo bem que os correligionários já vinham dizendo antes do grande mestre, mas nada no PMDB passa sem Sarney ser informado. Nem mesmo no campo nacional.
Papel no impeachment
Desde o meio do ano, Sarney articula uma estratégia para barrar os levantes de impeachment contra Dilma. Há quem diga que ela só permanece no cargo devido à destreza dele. Pode parecer muita presunção, mas nada é difícil de acreditar. Teria sido num dos encontros para ouvir e falar à presidente, que o ex-senador ouviu os pedidos para que o partido ao qual ele está filiado ajudasse a abafar um provável pedido de saída da chefe da nação. E ele chamou a ala peemedebista em atrito com o Planalto para conversar. Conseguiu mais do que o diálogo com correligionários; aproximou-se, de novo, do PT.
Sarney é querido e inquestionável no PMDB maranhense. Consegue ser o que nenhum outro ainda conseguiu aos menos se aproximar, pensando à frente de todos. Mesmo na oposição – algo que poucas vezes se viu –, Sarney consegue manter a imagem pública serena, que parece ter contagiado a outros membros. “Eu concordo com o que disse o presidente Sarney. Somos oposição, mas fazemos oposição com responsabilidade, no sentido de fiscalização, o que temos feito. Não existe de nossa parte o sentimento de agressão pessoal”, disse o deputado estadual Roberto Costa.
Divergente da ala diretória do partido, a também deputada estadual Andrea Murad não pensa diferente de José Sarney – mesmo que seja vista como mais incisiva nos ataques ao governo. “O meu discurso contra quem está hoje no governo sempre foi o de oposição porque nunca acreditei no Flávio Dino como opção para comandar o estado. Mas o eleitorado maranhense o elegeu e respeitamos a decisão da maioria. Nós, do PMDB, eleitos pelo povo para a oposição, para a fiscalização das ações do governo, não podemos esperar e assistir calados muitas denúncias feitas pelo povo, que depende da nossa voz para ecoar no parlamento”, disse Andrea.
Chegando à metade de novembro, vemos que, de fato, o velho Sarney nunca se afastou da política. Ninguém melhor que os mais próximos para saber bem disso. “Ele nunca saiu [do cenário político]. Está agora com mais tempo para dar suas opiniões, sua contribuição à política do Maranhão e nacional. É uma figura de expressão nacional, tem um passado de referência no Maranhão. Tirar nome de muro, nome de prédio, não apaga a história que o homem deixou ao longo dos anos que ajudou o estado”, afirmou o presidente em exercício do PMDB maranhense, Remi Ribeiro.
O próximo passo de Sarney deve ser algo tão previsível como a marca que seu nome deixa na história: voltar para seu distrito eleitoral de origem, o Maranhão.