Zezé Di Camargo é contratado por R$ 450 mil para festa no interior do AM
Manaus/AM - A despeito do grave quadro de crise, que assola o Estado do Amazonas, levando o governador José Melo (Pros) a apertar o cinto e adotar medidas rígidas de contenção de despesas, a prefeita de Jutaí, Marlene Gonçalves Cardoso (PMDB), anuncia a contratação da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, por R$ 450 mil, para a Festa da Sardinha a ser comemorada em julho.
De acordo com o vice-presidente da Assembleia Legislativa (ALEAM), deputado Belarmino Lins (Pros), os gastos abusivos da prefeita com as atrações nacionais para o evento podem ultrapassar R$ 600 mil, pelo que oficializará propositura, nesta terça-feira (31), na ALEAM, pedindo que o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) proceda investigações que esclareçam a dimensão da gastança promovida por Marlene Gonçalves.
“Segundo informações que temos, os salários dos servidores públicos jutaienses estão atrasados, o município, situado na calha do Solimões, vive sérias dificuldades, e mesmo assim a prefeita local resolve gastar uma fábula de dinheiro com uma dupla milionária de artistas e outras atrações, tudo por conta do ano eleitoral. Por isso vamos acionar o MP-AM para que investigue esse absurdo”, disse Belão ao Portal do Holanda.
São Paulo - Aos 7 anos de idade, completados em 2 de maio, Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, mais conhecido como Michelzinho, é proprietário de pelo menos dois imóveis cujos valores somados superam R$ 2 milhões.
O pai, Michel Miguel Elias Temer Lulia, de 75 anos, presidente em exercício da República, passou para o nome do único herdeiro do seu casamento com Marcela Temer dois conjuntos comerciais que abrigam seu escritório político em São Paulo.
Localizados no Edifício Lugano, no Itaim-Bibi, zona sul da capital paulista, cada conjunto tem 196 m² e valor venal de R$ 1.024.802, segundo a Prefeitura de São Paulo - os dados são públicos e podem ser consultados na internet.
O valor de mercado costuma ser de 20% a 40% mais alto do que o valor de referência usado pela Prefeitura para calcular o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Mesmo assim, na declaração de bens que Temer apresentou à Justiça Eleitoral em 2014, cada conjunto é avaliado em apenas R$ 190 mil. Isso é comum nas declarações de políticos, pois os imóveis costumam ser declarados pelo valor de quando foram comprados. A legislação não obriga a atualização do valor.
Doação
A assessoria de imprensa de Temer informou que a transferência foi feita como doação, uma espécie de antecipação da herança, e que as filhas do presidente em exercício também já receberam imóveis em outros momentos.
A assessoria não esclareceu quais imóveis foram doados para as filhas, nem em que data isso ocorreu.
Luciana, Maristela e Clarissa, fruto do primeiro casamento de Temer, são proprietárias de imóveis residenciais na zona oeste de São Paulo, segundo a Prefeitura. A primeira também é dona de um escritório no mesmo prédio onde ficam os imóveis transferidos para seu irmão.
Outros bens
No caso da declaração de bens de Temer apresentada quando foi candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, a casa que possui na zona oeste de São Paulo também está subavaliada. Em 2014, o presidente em exercício declarou a residência de 415 m² no Alto de Pinheiros, comprada em 1998, por R$ 722.977,41. Na Prefeitura, o valor venal é de R$ 2.875,109. Sobre esse valor incide a cobrança de IPTU.
Se a casa e os dois conjuntos do Itaim-Bibi tivessem seu valor corrigido para pelo menos o valor venal, o patrimônio declarado de Temer aumentaria em pelo menos R$ 3,6 milhões e chegaria a um total de mais de R$ 11 milhões.
Isso não inclui outra casa, de R$ 1.434.558, no bairro do Pacaembu, pela qual ele responde a uma ação por não pagamento de IPTU, e que Temer diz ter vendido.
O patrimônio do presidente interino cresceu rapidamente desde 2006. Naquele ano, Temer foi candidato a deputado federal e declarou bens no valor de R$ 2.293.645,53. Se corrigido pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, eles corresponderiam, em 2014, a R$ 3.678.526,22.
Porém, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral em 2014 já havia crescido para R$ 7.521.799,27. Ou seja, mais do que dobrou acima da inflação entre duas eleições - e isso sem levar em conta a valorização dos imóveis.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Combatente da corrupção que recebeu R$ 50 mil de Temer foi gravado pela PF dizendo “tem que chover na minha horta, neguinho”
Tico Butico com Eliseu Padilha e Temer: proximidade
Do Morrinhos lá, do Tico-Butico, é dois e meio, né? É isso que não tá incluído aqui no planejamento. Conversa entre funcionários da Mac Engenharia sobre o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Alceu Moreira, com referência à obra da rodovia Morrinhos do Sul-Mampituba, pleiteada pelo deputado, cujo apelido é Tico Butico
Pelo fim do populismo irresponsável e corrupto, pelo fim da vagabundização remunerada, pela valorização do trabalho, da produção, da pesquisa, tecnologia e inovação, eu voto sim. Alceu Moreira, deputado federal, ao votar pela abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff
Da Redação, com Garganta Profunda*
O deputado gaúcho Alceu Moreira, do PMDB, é fã de Michel Temer. O deputado gaúcho Alceu Moreira acredita que Michel Temer é a solução.
Na véspera de Temer assumir interinamente o Planalto, ele discursou: “Amanhã, quando Michel Temer assumir a Presidência da República — assume como Vice-Presidente da República, constitucionalmente protegido e previsto –, certamente incluirá o Brasil de novo no mapa da economia mundial: voltaremos a ser uma economia de mercado, seremos competitivos, valorizaremos trabalho, produção, pesquisa, tecnologia, daremos aos brasileiros o direito de olhar para o mundo com um futuro”.
Antes, na visão dele, o Brasil estava tomado pelo bolivarianismo, o que fez o PT priorizar “Venezuela, Cuba, Bolívia e Paraguai” em detrimento de “Alemanha, Canadá e Estados Unidos”.
Como se vê, o deputado Moreira repete os mesmos argumentos do ator pornô Alexandre Frota, que pretende influir nos rumos da Educação e da Cultura.
No mesmo discurso, Alceu Moreira condenou de forma veemente a corrupção alheia:
Aqueles que querem ir para a vida pública para fazer negócio devem ficar no comércio, na indústria, na vida profissional. Transformar o mandato parlamentar em ponto comercial significa sacrificar milhares de eleitores que votaram confiantes e servir de amortecedor para interesses particulares.
"Que tristeza: um retirante do Nordeste chega à Presidência da República e, em vez de aproveitar para consagrar os direitos da cidadania brasileira, ele a usa como ponto comercial para fazer negócios escusos e encher os bolsos."
As frases sairam das mesmas cordas vocais que, de acordo com grampos feitos pela Polícia Federal com autorização da Justiça, emitiram uma frase significativa ao participar de esquema de corrupção: “Tem que chover na minha horta, neguinho”.
UMA DEFERÊNCIA MUITO ESPECIAL
Em 2014, o vice-presidente Michel Temer fez doações eleitorais acima do teto permitido pela lei. Foram R$ 100 mil, quando poderia ter doado R$ 83.992,45, ou 10% da renda bruta declarada no ano anterior.
Temer foi multado em R$ 80 mil e absolvido preventivamente pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE: “Em geral, ocorrem estes erros por pequenas margens. Às vezes, saber qual é a sua capacidade de doação, isso acontece, isso por si só não caracteriza qualquer abuso”.
Dos 513 deputados eleitos, só dois mereceram a deferência de receber dinheiro de Temer.
O gaúcho Alceu Moreira é um deles.
Alceu é da turma de Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, gaúcho de Canela e ex-prefeito de Tramandaí.
Alceu foi vereador, vice-prefeito e prefeito de Osório. Eleito deputado estadual, tornou-se presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Está no segundo mandato de deputado federal. Entre 2010 e 2014, com a ajuda dos R$ 50 mil de Temer, dobrou o dinheiro investido na campanha eleitoral.
Por outro lado, viu sua renda declarada dar um salto de 150% entre 2006 e 2014.
Definitivamente, Moreira é um homem em ascensão.
Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a atuação da Funai e do Incra, ele faz parte da ofensiva que pretende retirar direitos, agora denunciando a corrupção de antropólogos e funcionários públicos.
Alceu combate as demarcações de terras indígenas e de quilombolas — cem delas no Rio Grande do Sul.
E, no entanto, o deputado já foi gravado com a boca na botija pela Polícia Federal.
Mais um exemplo, dos muitos exibidos aqui na Galeria dos Hipócritas, de que o mensalão do PT foi um ponto fora da curva na ação da Justiça brasileira: punição relativamente rápida e severa.
Em geral, a prerrogativa de foro é um passe rumo à impunidade. Mesmo nos casos mais descarados, como se verá adiante.
O MENSALÃO GAÚCHO SÓ PEGOU BAGRE MIÚDO
Em 2007 a Polícia Federal deflagrou no Rio Grande do Sul a Operação Solidária.
Desmontou um esquema do secretário municipal Francisco José de Oliveira Fraga, o Chico Fraga, em Canoas.
A partir do ano 2000, o propinoduto desviou dinheiro da merenda terceirizada, do Programa de Saúde da Família e através de fraudes em licitação de obras públicas.
O tucano Fraga foi um dos coordenadores da transição do governo de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, em 2006.
Por causa das acusações na Operação Solidária, pegou 18 anos de cadeia em primeira instância, confirmados em fevereiro deste ano pelo TRF. Recorre em liberdade.
No esquema de Canoas, a Magna Engenharia pagava propina em imóveis, cuja propriedade Chico Fraga ocultava através de parentes e amigos.
Estranhamente, quatro executivos da Magna, inclusive os donos, foram absolvidos. O argumento é de que não foi possível estabelecer relação de causa e efeito entre licitações ganhas e imóveis entregues.
Foi a partir da Operação Solidária que a PF descobriu que o esquema ia muito além de Canoas: atingia também obras de infraestrutura no Rio Grande do Sul.
Além disso, alguns dos envolvidos conectavam os casos às fraudes no Detran gaúcho, alvo de outra operação da PF, a Rodin.
Na Rodin, 29 réus foram condenados em primeira instância em maio de 2014, dentre eles o lobista tucano Lair Ferst, “sombra” da ex-governadora Yeda Crusius.
No conjunto da obra — Canoas, infraestrutura e Detran — foram mais de R$ 300 milhões em dinheiro público desviados.
Uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha, que pretendia cassar a governadora, foi arquivada sem maiores consequências.
DESCARAMENTO EM GRAMPOS
Quando as gravações envolvendo o deputado estadual Alceu Moreira vieram à tona, causaram sensação. Ele era presidente da Assembleia local.
Desde então, os áudios sumiram do site da rádio Gaúcha.
Ficou o registro das transcrições.
O deputado Moreira tinha interesse específico em obras relacionadas à sua base eleitoral, como a estrada Morrinhos do Sul-Mampituba, licitada a partir de emenda proposta por ele.
Era preciso, então, conseguir que o governo gaúcho liberasse o dinheiro.
Em 19 de março de 2008, Alceu Moreira ligou para Marco Antonio Camino, sócio da Mac Engenharia, que ganhou a licitação.
“Vai matar a minha saudade, não vai?”, disparou.
Camino sugeriu que o presidente da Assembleria gaúcha procurasse o Véio, apelido de Woodson Martins da Silva, tido pela PF como o homem da mala da empreiteira.
Camino ligou em seguida para Woodson para avisá-lo que seria procurado pelo deputado para tratar “daquilo que tá faltando”.
Na mesma noite, Camino ligou de volta para Alceu Moreira.
Perguntou se o presidente da Assembleia tinha tomado providências pela liberação de verbas para tocar a obra da estrada.
Alceu disse que sim e mencionou o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, a quem teria pedido para “colocar 400?.
Camino ficou satisfeito com a notícia e Alceu respondeu: “Tem que chover na minha horta, neguinho”.
A obra andou.
Em 6 de maio, Camino ligou para seu subordinado João Carlos Timm.
Este perguntou: “Do Morrinhos lá, do Tico Butico, é dois e meio, né? É isso que não tá incluído aqui no planejamento”.
Camino respondeu: “É dois”.
Tico Butico é o apelido do deputado Alceu Moreira.
No dia 4 de julho, Tico Butico ligou para Camino e disse que precisava encontrar Woodson, o homem da mala, naquele dia.
Às 14h09, a secretária da empreiteira informou a Woodson, por telefone, que o presidente da Assembleia estava esperando por ele na sede da Mac Engenharia.
O relatório da CPI da Assembleia Legislativa que investigou os escândalos no Rio Grande do Sul ficou dividido em duas partes.
O trecho escrito por deputados da base de Yeda Crusius denunciou o abuso dos grampos telefônicos e dos vazamentos com “interesse político”.
O ministro Gilmar Mendes, que presidia o STF e à época andava às turras com um certo “estado policial”, foi citado várias vezes.
Ele criticava tanto o Ministério Público quanto a Polícia Federal por supostos abusos em investigações.
O mesmo relatório tem um trecho escrito pela oposição.
Nele, Alceu Moreira, o presidente da Assembleia, é acusado de somar “os interesses de Camino [Marco Antonio, da Mac Engenharia] com a direção do DAER e a Secretaria de Infraestrutura e Logística para praticar atos típicos de Advocacia Administrativa mediante pagamento de valores efetuados por Woodson, incorrendo, assim em atos de improbidade administrativa”.
DAER é o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul. Woodson é o Véio, segundo a PF o homem da mala da empreiteira.
À época, o deputado Moreira reconheceu em nota que tinha relação pessoal com Marco Antonio Camino, mas disse que nas gravações estava apenas defendendo o interesse de seus eleitores.
“O teor da conversa [refere-se aos grampos da PF] é sobre o início das obras, no qual o empresário contra-argumenta apresentando dificuldades diante do desencaixe de recursos estabelecidos pelo Governo Estadual, alegando serem insuficientes para o cumprimento do cronograma estabelecido”, escreveu.
Para Alceu Moreira, era isso que significava “chover na minha horta”.
O PATRONO TAMBÉM SE ENROLOU
O inquérito 3076, no qual o deputado Alceu Moreira é investigado por corrupção passiva e por violar a Lei das Licitações, corre no Supremo Tribunal Federal.
Mas o patrono dele, o hoje ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, também se enrolou nos grampos da PF, conversando com o mesmo Marco Antonio Camino, da Mac Engenharia.
Padilha era deputado federal em Brasília quando as conversas foram gravadas.
Em maio de 2008, ele conseguiu aprovar na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização um requerimento para debater as consequências da seca no Sul.
Foi a justificativa para a construção das barragens de Taquarembó e Jaguari, para as quais foram previstos R$ 150 milhões, sendo 70% em dinheiro da União.
Em torno delas, travou-se uma inacreditável batalha de bastidores entre lobistas de empreiteiras e funcionários públicos. Nela, interlocutores se referiam a Eliseu Padilha como “o deputado das barragens”.
Um das disputas foi em torno dos termos do edital de licitação da barragem de Taquarembó.
As gravações telefônicas mostram Padilha preocupado em obter acordo entre as empreiteiras gaúchas.
Numa das conversas, de fevereiro de 2008, o agora braço direito de Michel Temer pergunta a Marco Antonio Camino se ele tinha interesse em rachar a obra de Taquarembó com a CMT, de Francisco José de Moura Filho.
Camino topou e as duas empresas formaram um consórcio.
O edital para a licitação de Taquarembó foi publicado em 30 de maio de 2008, mas pegou Padilha e Camino de surpresa: duas exigências que limitariam o número de concorrentes — experiência na construção de escada de peixes e estrutura de desvio de rio — foram retiradas.
O deputado Padilha, numa ligação para Camino, reclamou: “Facilitaram que aquilo ali pode entrar a torcida do Flamengo inteira, né?”
Em outra conversa, Padilha mencionou um “comandante” que teria poder para reverter a situação. Foi justamente o que aconteceu.
Em 9 de junho de 2008, foi publicada uma errata recolocando as exigências que poderiam levar o consórcio liderado pela Mac à vitória.
A CPI que investigou o caso no Rio Grande do Sul concluiu “que o deputado Eliseu Padilha, valendo-se do fato de ter liberado os recursos da União, exigiu ou combinou com representantes do governo do Estado, com poderes para produzir e alterar o Edital de Licitação, que as referidas obras fossem direcionadas para empresas determinadas por ele, quais sejam, a Mac para Execução e a Magna para fiscalização”.
Compensação?
A Polícia Federal descobriu um pagamento de R$ 100 mil feito por Camino, da Mac, a Padilha. O deputado alegou que era dinheiro relativo a uma casa que vendeu ao empreiteiro.
Outros R$ 267 mil foram depositados na conta da Fonte Consultoria e Assessoria Empresarial, empresa que o deputado controlava junto com a esposa, Maria Eliane Padilha.
O dinheiro veio da Magna Engenharia.
Padilha se defendeu dizendo que foi pagamento por “serviços de consultoria”.
O CASO NO STF
A denúncia relativa à Operação Solidária chegou ao STF em agosto de 2008.
No dia 12 o deputado Padilha teve audiência com o então presidente da Corte, Gilmar Mendes.
No dia 18 a Central de Licitações do Rio Grande do Sul desabilitou todas as empresas inscritas na concorrência de Taquarembó.
Nova disputa foi vencida pela Odebrecht, com duas empresas locais na fiscalização: a Magna e a STE, ambas controladas por empresários investigados na Operação Solidária!
Os inquéritos contra Eliseu Padilha foram arquivados.
O argumento da defesa é de que ele tinha foro privilegiado quando foi gravado em conversas com Marco Antonio Camino e, portanto, o caso deveria ter sido imediatamente encaminhado ao STF.
Vício de origem.
É o mesmo argumento utilizado pela presidente Dilma Rousseff no grampo da Operação Lava Jato que registrou conversa dela com o ex-presidente Lula.
No caso de Padilha, funcionou em defesa do investigado.
No caso de Dilma, ela arcou com todas as consequências políticas do vazamento e a PGR utilizou o conteúdo do grampo para abrir investigação contra a presidente da República.
Dois pesos, duas medidas.
Todos os principais protagonistas dos escândalos gaúchos estão soltos. Alceu Moreira preside CPI. Eliseu Padilha é braço direito de Temer no Planalto.
A barragem de Taquarembó, projetada a título de salvar o Rio Grande do Sul das secas, não ficou pronta até hoje.
* Garganta Profunda é jornalista investigativo com duas décadas de experiência, contratado pelos leitores do Viomundo para revelar a hipocrisia de moralistas sem moral.
A equipe de governo do presidente Michel Temer faz uma faxina geral nos quadros do Governo Federal, nas empresas públicas e estatais.
Miriam Belchior, viúva do ex-prefeito de Santo André/SP, Celso Daniel, que foi assassinado de forma brutal, era presidente da Caixa Econômica Federal durante o governo petista. Isso levantava suspeita entre políticos e autoridades.
Nesta quarta-feira (25) ela foi demitida do cargo pelo presidente Michel Temer que não deu muitas explicações.
A CEF deve ser outra caixa de preta a ser aberta nos próximas dias.
O fim do Golpe. Michel Temer também foi gravado por Sérgio Machado
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, também gravou Michel Temer.
Ainda não há detalhes sobre o teor da conversa, mas, ao que tudo indica, o encontro deve ter sido motivado pela conspiração do, agora, presidente interino contra a Presidenta e contra os avanços da Lava Jato.
A gravação se encontra na PGR e aguarda homologação do Ministro do STF, Teori Zavascki, para anexá-la ao acordo de delação premiada de Sérgio Machado.
Segundo fontes próximas ao Planalto, assessores de Michel Temer confirmaram o encontro do interino com Sérgio Machado.
Mãe e recém-nascido morreram em acidente na BR-343 (Foto: Renan Brito)
A mãe e o filho recém-nascido, de apenas dois dias, morreram durante uma colisão na noite desta quinta-feira (26) no Km 31 da BR-343, zona rural de Parnaíba, Litoral do Piauí. Segundo o major Rivelino Moura, do Corpo de Bombeiros, as vítimas tinham recebido alta da maternidade e seguiam para cidade de Cocal.
"Os dois carros de passeio bateram de frente, um deles saiu da pista e depois explodiu. A criança estava acompanhada da mãe no banco de trás do outro carro, uma Parati, mas mesmo usando a cadeirinha de segurança não resistiu e morreu no local", informou o major.
Bebê de apenas dois dias morreu durante colisão na BR-343 (Foto: Renan Brito)
O motorista e mais duas pessoas da Parati ficaram presos nas ferragens e tiveram que ser socorridos pelos bombeiros. Eles tiveram múltiplas fraturas e foram encaminhados em estado grave para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde.
O condutor do outro carro e um passageiro também receberam atendimento e tiveram ferimentos leves. O acidente aconteceu em uma reta, a poucos metros do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e deixou o trecho sentido Buriti dos Lopes-Parnaíba interditado.
"Ainda não sabemos o que provocou a colisão. A perícia da Polícia Civil e PRF estão no local apurando as causas do acidente", disse Rivelino Moura.
Jovem postou foto da vítima e ironizou o suposto estupro (Foto: Reprodução)
A adolescente que foi vítima de um estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste do Rio fez um desabafo e agradeceu as mensagens de apoio na noite desta quinta (26) na internet. “Venho comunicar que roubaram meu telefone e obrigada pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal”, escreveu a jovem.
Lucas (à esquerda) e Raphael (à direita) (Foto: Reprodução / TV Globo)
A polícia pediu a prisão de quatro homens que teriam envolvimento no crime. Um deles é Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, com quem a adolescente tinha um relacionamento, Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, Michel Brazil da Silva, de 20, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41. Segundo a família da menina, o rapaz com quem a jovem já havia tido um relacionamento e que ela conheceu na escola, teria agido premeditadamente.
“Um deles é namorado dela, tinha sido namorado dela, que ela conheceu na escola. E isso foi uma vingança dele. Ele fez isso com ela e chamou mais 30 para fazer o mesmo. O pai dela nem aguenta falar que chora muito. Um ser humano que é capaz de fazer isso com uma menina de 16 anos só, cheia de sonho, né? E eles fazem isso. A família está assim, sem palavras”, lamentou.
A polícia pede que qualquer pessoa que tenha informações sobre um dos suspeitos de participação nesse crime entre em contato com o Dique-Denúncia através do telefone 2253-1177.
A família da adolescente disse que a família ainda se sentiu aliviada pela vida da garota ter sido poupada. “Esse agente comunitário que veio trazê-la [para casa] eu acho que ele foi uma pessoa que salvou a vida dela, porque eles iriam matá-la. Porque é isso que eles fazem, né. Não é normalmente a história que a gente conhece? Eles estupram e matam”, disse a parente da adolescente.
A polícia já identificou pelo menos quatro homens envolvidos no crime. A adolescente de 16 anos foi estuprada no sábado (21) numa comunidade da Zona Oeste. Em depoimento à polícia, ela disse que foi até a casa de um rapaz com quem se relacionava há três anos. Ela se lembra de estar a sós na casa dele e só se lembra que acordou no domingo, em uma outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela destacou que estava dopada e nua.
A garota retornou para casa na terça-feira (24). “Ela chegou descalça, descabelada, com aspecto de que tinha se drogado muito e com uma roupa masculina toda rasgada. Provavelmente eles deixaram ela nua e ela vestiu aquilo pra vir em casa”, contou a parente. A família teria questionado a menina o que havia acontecido, mas ela não revelou nada.
Ainda na terça-feira, segundo contou a pessoa da família, menina teria voltado à comunidade para tentar reaver seu celular, que foi roubado. Um agente comunitário foi quem a acolheu, ao perceber como ela estava, e a conduziu para junto da família novamente.
A família só soube do estupro na quarta-feira (25), quando fotos e vídeos exibindo a adolescente nua, desacordada e ferida estava sendo compartilhado na internet pelos agressores, que ironizam o próprio crime.
“Eu a mãe, a gente chora quando vê o vídeo. O pai dela não aguenta falar que chora muito. Nosso sentimento é de tristeza, de indignação, estamos estarrecidos de ver até que ponto chega a maldade humana, né. A família está, assim, sem palavras, consternada”, desabafou a avó da garota. A ouvidoria do Ministério Público recebeu mais de 800 denúncias sobre esse caso.
Nesta quinta-feira (26) a adolescente foi ao médico e tomou um coquetel para evitar doenças sexualmente transmissíveis. A Secretaria Municipal de Saúde disse que ela vai ter acompanhamento psicológico.
A OAB do RJ disse, em uma nota de repúdio, que um ato repulsivo como este nos mostra que precisamos combater diariamente a cultura do machismo. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal divulgou uma nota pedindo rapidez e rigor na identificação de todos os envolvidos.
Corpus Christi é celebrado no Aterro do Bacanga, em São Luís (Foto: Divulgação/Arquidiocese de São Luís)
A Arquidiocese de São Luís (MA) celebra nesta quinta-feira (26) no Aterro do Bacanga – região central da capital maranhense – a solenidade de Corpus Christi, em uma das datas mais importantes do calendário católico. O evento tem como tema ‘A Eucaristia nos compromete com o direito e a Justiça’, que recupera a proposta da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016.
O evento tem início às 14h30, com a concentração e chegada dos fiéis em caravanas de diversos bairros e comunidades da Região Metropolitana de São Luís e outros municípios. Às 15h, tem início a oração do Terço da Misericórdia. No fim da tarde, a Missa Solene será presida pelo arcebispo metropolitano, dom José Belisário da Silva, e concelebrada pelo bispo auxiliar, dom Esmeraldo Barreto, e por bispos convidados, presbíteros e diáconos, em representação as mais de 50 paróquias da Arquidiocese.
Às 15h, tem início oração do Terço da Misericórdia (Foto: Divulgação/Arquidiocese de São Luís)
“Jesus não nos deixou sozinhos, se faz pão para nos alimentar na caminhada e dar continuidade ao seu projeto de vida. E uma vida cristã que não se alimenta na Eucaristia, pode enfraquecer-se, fragilizar-se”, afirma o coordenador arquidiocesano de Pastoral, padre Crizantônio da Conceição Silva.
Após a missa, será realizada, por volta das 18h30, uma grande procissão luminosa saindo do Aterro do Bacanga, percorrendo a avenida Beira Mar em direção a Praça Maria Aragão, onde o arcebispo dará a benção do Santíssimo Sacramento, às 20h.
Origem A expressão Corpus Christi é de origem latina e significa “Corpo de Cristo”. A solenidade ocorre sempre na segunda quinta-feira depois do dia de Pentecostes. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja. A procissão com a Hóstia consagrada, conduzida em um ostensório pelas ruas, é datada de 1274. Porém, segundo historiadores, foi na época barroca que a tradição ganhou força.