segunda-feira, 23 de maio de 2016

DESCULPAS DESFARRAPADAS AGORA, NESTAS ALTURAS EM QUE A POLITICA BRASILEIRA PASSA POR APUROS, NÃO ADIANTA NADA. - Jucá nega tentativa de obstruir Lava Jato e diz que permanência no cargo depende de Temer

POLÍTICA


23/05/2016 12:35, atualizada às 23/05/2016 13:09

Em coletiva à imprensa, Juca afirmou que tudo o que foi conversando com o senador Sérgio Machado foi distorcido, posto “fora do contexto pela ‘Folha de S.Paulo'”

Romero Jucá teria prometido interferir na Lava Jato - Foto: PMDB/Divulgação
Romero Jucá teria prometido interferir na Lava Jato – Foto: PMDB/Divulgação

Pego em gravações telefônicas supostamente negociando o fim da operação Lava Jato caso Michel Temer assumisse o cargo de presidente, o senador e agora ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou nesta terça-feira (23) qualquer disposição de obstruir as investigações da Polícia Federal. Em coletiva para discutir a denúncia, afirmou que sua permanência no cargo é decisão exclusiva do presidente interino Michel Temer.
Juca afirmou que tudo o que foi conversado com o senador Sérgio Machado foi distorcido, posto “fora do contexto dado pela Folha de S.Paulo“. “Meu emprego não é de ministro. Estou ministro, sou senador da República eleito pela terceira vez.”
“Da minha parte”, disse ele, “sempre defendi e apoiei com atos a operação Lava Jato. Sempre reafirmei que ela é uma mudança positiva, de paradigma, na relação empresas, candidatos e financiamento de campanha. O Brasil terá outra história depois da Lava jato”, disse.
O ministro lembrou que apoiou e ajudou a levar Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República, “por entender que ele faz um excelente trabalho e que o Ministério Público tem de ter autonomia para investigar”.
Jucá voltou a dizer que não há demérito em ser investigado. “O demérito é ser condenado.” E que não tem “nenhum temor”: “Se tivesse medo, telhado de vidro, não teria assumido a presidência do PMDB em um momento de confronto com o PT para ajudar no afastamento da presidente e defender o impeachment”.
Em seu discurso para a imprensa, afirmou que apoiou a saída da presidenta Dilma Rousseff justamente porque o governo estaria paralisado pela Lava Jato “e o governo tinha perdido as condições” para governar: “Entendo que o governo do presidente Temer tem de ser de salvação nacional, de construção coletiva. Um governo que estanque a sangria da economia e da crise política”.
O presidente do PMDB aproveitou para falar da situação “desconfortável” que vive a maioria da classe política, “sob uma nuvem negra”, por conta das desconfianças da população. “Tratar todos os políticos como se fossem iguais não fortalece a democracia.”

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