O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, preso desde 2013 por envolvimento no mensalão petista, teria prometido nesta terça-feira (21) ao Ministério Público (MP-MG) entregar documentos originais de empréstimos realizados pelo Banco Rural supostamente para financiar campanhas eleitorais e esquemas de corrupção tucanos em Minas Gerais.
Ele, que foi condenado no mensalão do PT, será ouvido sobre o mensalão do PSDB e também é réu na Operação Lava Jato, teria sido incentivado pela defesa do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) a fazer uma delação para que o parlamentar tenha mais subsídios com o objetivo de provar sua citação à Operação Lava Jato de que houve uma suposta maquiagem de dados do banco. Dessa forma, Delcídio garantiria mais benefícios na redução de sua pena. Foi o que disseram fontes ouvidas pelo jornal mineiro O Tempo.
Depois de ser citado por delatores da Lava Jato, dente eles Delcídio, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, pode ter seu nome citado novamente, desta vez por Valério, justamente pelo incentivo da defesa do parlamentar cassado. Em delação, Delcídio afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na época governador de Minas Gerais, teria atuado no sentido de alterar dados obtidos no Banco Rural pela CPI.
Valério garantiu ter os documentos para comprovar as acusações e o principal deles é um conjunto de arquivos e extratos bancários que mostrariam o cenário dos empréstimos feitos no Banco Rural e que teriam sido maquiados antes de serem entregues à CPI dos Correios em 2005, como afirmou Delcídio. A suposta fraude está em investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), em um inquérito aberto após a delação do senador cassado.
Valério garantiu ter os documentos para comprovar as acusações e o principal deles é um conjunto de arquivos e extratos bancários que mostrariam o cenário dos empréstimos feitos no Banco Rural e que teriam sido maquiados antes de serem entregues à CPI dos Correios em 2005, como afirmou Delcídio. A suposta fraude está em investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), em um inquérito aberto após a delação do senador cassado.
Aécio já havia dito que as revelações são “mentirosas, que não se sustentam na realidade e se referem apenas a ouvir dizer de terceiros”.
Marcos Valério
Valério, condenado a 37 anos de cadeia no mensalão do PT, está preso desde 2013 em regime fechado. Ele também é réu na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de lavagem de dinheiro.
Eleito governador de Minas Gerais em 1994, Eduardo Azeredo concorria à reeleição em 1998, com Clésio Andrade, à epoca filiado ao PFL e atualmente Democratas, como vice. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Azeredo foi o principal beneficiário do esquema de desvio de verbas de estatais para a campanha eleitoral.
Eleito governador de Minas Gerais em 1994, Eduardo Azeredo concorria à reeleição em 1998, com Clésio Andrade, à epoca filiado ao PFL e atualmente Democratas, como vice. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Azeredo foi o principal beneficiário do esquema de desvio de verbas de estatais para a campanha eleitoral.
A fraude funcionava por meio de repasses estatais para o suposto patrocínio de eventos esportivos. As empresas, de acordo com a denúncia, repassavam a verba à empresa SMP&B, de Marcos Valério. O Banco Rural também consta no processo. Ele forneceria empréstimos às agências sem apresentação de garantias. Esses recursos abasteciam a campanha.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) teriam repassado, cada uma, R$ 1,5 milhão à SMP&B, de Marcos Valério. Do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) teriam saído outros R$ 500 mil para o suposto esquema.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) teriam repassado, cada uma, R$ 1,5 milhão à SMP&B, de Marcos Valério. Do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) teriam saído outros R$ 500 mil para o suposto esquema.
Além de Valério, sete réus ainda aguardam a sentença em cinco processos distintos.
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