Depois de tranquilizar a senadora Marta Suplicy (PT-SP), o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, buscou também acalmar os mais de 100 militantes petistas que participaram nesta sexta-feira, 24, de reunião plenária, na região do M''Boi Mirim, garantindo que a prioridade do prefeito Gilberto Kassab (PSD) nessas eleições é apoiar a eventual candidatura do ex-governador tucano José Serra.
Cobrado pela militância da sigla, contrária a uma aliança com o PSD de Kassab, Haddad disse que o cenário político previsto pelo PT (com a entrada de José Serra na disputa) vem se cumprindo e que o foco de sua pré-candidatura é buscar aliança com os partidos da base do governo Dilma Rousseff (PSB, PDT, PCdoB, PMDB e PR).
"O prefeito (Kassab) estabeleceu sua ordem de prioridade, ele está cumprindo a agenda dele e nós cumprimos a nossa agenda", afirmou Haddad, lembrando que as negociações com o PT estavam em terceiro lugar na ordem de prioridade de Kassab, atrás de José Serra e da eventual candidatura do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.
Em mais de uma hora e meia de debate com os militantes da região, Haddad ouviu reclamações com relação à aproximação com o PSD do prefeito Kassab. "Temos de ser oposição ao Serra e ao Kassab. Vamos fazer aliança para garantir a vitória e não com quem está contra os interesses da população e que desmoraliza as lideranças do PT", disse uma militante.
Os militantes petistas também avaliaram que a atual gestão municipal discrimina a população da periferia. Parte da militância ressaltou que o PT tem histórico na cidade de São Paulo de substituir gestões que ''quebraram'' a cidade. "Mais uma vez vamos pegar uma cidade quebrada", avaliou outra militante, lembrando as gestões de Luiza Erundina e Marta Suplicy.
Mulher de visão. Em seu discurso à militância, Haddad disse que a prioridade de sua pré-campanha é produzir um plano de governo que atenda aos interesses de toda a população. Segundo ele, a cidade perdeu nos últimos anos com a saída de Marta Suplicy da Prefeitura porque seus sucessores não tiveram uma visão estratégica para o desenvolvimento da cidade como um todo. "A Marta é uma mulher de visão, ela tem visão do lado em que ela está", afirmou.
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