Braga diz ter como meta colocar AM entre cinco melhores do país no Ideb
Candidato ao governo foi o 2º entrevistado pelo Jornal do Amazonas e G1.
Eduardo criticou gestões anteriores e falou sobre aliança com Amazonino.
Eduardo Braga (PMDB) foi o segundo a participar da série de entrevistas
ao vivo com candidatos ao governo do Amazonas no segundo turno,
realizada pelo
G1 e telejornal Jornal do Amazonas,
nesta terça-feira (14). O candidato à reeleição afirmou que, caso seja
eleito, terá como meta melhorar a educação pública no estado, colocando o
Amazonas entre os cinco melhores no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb), e comentou a aliança com o ex-prefeito Amazonino
Mendes.
José Melo (PROS) foi entrevistado na segunda-feira (13).
A entrevista contou com perguntas feitas pela produção da TV Amazonas, redação do
G1 e enviadas por internautas, por meio do
VC no G1. A entrevista tem duração de cinco minutos na TV, e segue ao vivo por dez minutos no portal.
Na primeira pergunta, Braga foi questionado sobre uma suposta
transferência
de verba do Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) de
Manaus para o município de Coari, que o ex-prefeito Amazonino Mendes,
atual aliado do candidato do PMDB, afirma ter sido feita por Braga.
Segundo Mendes, o repasse prejudicou duas gestões da prefeitura
municipal, dando prejuízo de R$ 2 bilhões à capital. "Eu nunca fiz isso.
Na política, às vezes as pessoas estabelecem coisas que não são
verdadeiras. Essa legislação foi feita na época em que o Amazonino era
governador, em 2002, o Supremo Tribunal julgou institucional a lei feita
pelo Amazonino e aprovada pela Assembleia Legislativa da época, e
portanto o Supremo Tribunal Federal decidiu revogar aquela lei. Depois,
em uma decisão do Tribunal de Justiça aqui do estado do Amazonas, foi
determinado ao governo do estado que fizesse repasses à prefeitura de
Coari por decisão judicial, portanto eu como governador jamais tomei
nenhuma atitude contra a cidade de Manaus", disse.
O candidato falou em seguida sobre as obras do Programa Social e
Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), que surgiram como proposta
aos problemas de poluição de igarapés na capital, mas não conseguiram
resolver a situação do ponto de vista ambiental. "Nós levamos quase 300
anos poluindo os igarapés, então nós não vamos despoluir os igarapés em
menos de dez anos do projeto Prosamim. Precisamos concluir os
investimentos nas obras de rede de esgoto, de ligação domiciliares. Eu
quero dizer que consegui 5 milhões de dólares de doação do Fundo
Espanhol para que pudéssemos fazer as ligações domiciliares
gratuitamente na Zona Centro-Sul de Manaus e na Zona Sul, com a rede de
esgoto instalada pelo Prosamim, com dinheiro doado. O atual governo
devolveu o dinheiro e não fez uma ligação gratuita", declarou.
A respeito da relação com o atual prefeito de Manaus, Artur Neto
(PSDB), Braga afirmou que "a minha relação com Manaus sempre foi muito
boa. Quero dizer que nunca deixei de fazer parcerias e investimentos na
cidade de Manaus. Se eu for governador do estado com a ajuda do eleitor e
de Deus, haverei de trabalhar institucionalmente com a maior
tranquilidade com o prefeito Artur Virgílio".
Sobre o monotrilho, Braga disse que trouxe, quando governador, empresas
estrangeiras para avaliar o projeto para a capital, mas afirmou que a
obra não saiu do papel. "Os meus sucessores resolveram por uma questão
política não implementar aquelas soluções, e o atual prefeito de Manaus
não conseguiu, juntamente com os antecessores, estabelecer nenhuma
política alternativa àquela que deixamos", criticou.
Candidato Eduardo Braga participou de entrevista
(Foto: Leandro Tapajós/G1 AM)
Questionado sobre o primeiro turno, que perdeu em Manaus mas venceu no
interior, Braga disse estar satisfeito e ressaltou que a vitória na
capital foi de candidatos de oposição, como se classifica. "Fui o mais
votado no primeiro turno na totalidade do estado porque ganhei votos do
meu adversário. Nós estamos em uma eleição em que os candidatos de
oposição, somados, responderam por quase 57% dos votos, portanto a
maioria dos eleitores de Manaus votou pela mudança. No interior, além da
somatória dos nossos candidatos, eu também fui o mais votado", disse.
O peemedebista comentou ainda sobre a falta de meta do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em seu plano de governo. Segundo
ele, o dado reconhecido nacionalmente é o Ideb, e disse pretende
colocar o estado entre os cinco melhores do Brasil.
Em 2013, a rede pública superou as metas.
Em resposta a pergunta de internauta, Braga disse que, "se for da
vontade de Deus", sua esposa e primeira suplente Sandra Braga assumirá o
cargo no Senado. "A Sandra, minha suplente, tem uma experiência de 33
anos de vida pública. Sempre foi militante política ao meu lado, conhece
nossos projetos, nossos compromissos, e sempre teve uma política social
muito próxima da população que mais precisa. Portanto, a Sandra saberá
representar, se for da vontade de Deus e do povo, o nosso estado",
destacou.
A professora Sara dos Santos questionou Braga, por meio do VC do G1,
sobre declaração em debate de que desativaria o Centro de Mídias da
Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que leva aulas a comunidades
no interior do estado por meio digital. "A professora Sara dos Santos
não assistiu o debate. O que eu disse foi que o mediado tecnológico iria
ter um passo a frente, ganharia o mediado tecnológico
profissionalizante, ou seja, nós vamos levar pela primeira vez para
dentro do Centro de Mídias o ensino profissionalizante", afirmou.
Braga voltou a ser questionado, na entrevista do
G1, sobre
a aliança com o ex-prefeito Amazonino Mendes.
O peemedebista afirmou que não contou com o político na propaganda
eleitoral por não ser candidato. "Ele me apoia, esteve comigo na
convenção, esteve comigo em diversos momentos", ressaltou.
Outro internauta questionou Braga, que é senador atualmente e tem o
mandato até 2018, se, caso eleito, pretende ficar os quatro anos no
governo. "A minha vontade, caso eleito governador, é de concluir o
mandato como fiz em praticamente todos os mandatos que assumi", disse.
O internauta Geraldo Lira enviou pergunta sobre a internet banda larga
para o interior do estado. "Só via satélite. Não há como prometer, a não
ser para aquelas que estão ao longo do gasoduto, ou Linhão de Tucurui,
não há como prometer internet para regiões mais isoladas do Amazonas,
internet que não seja via satélite. Quando fui presidente da Comissão de
Ciência e Tecnologia do Senado consegui, junto ao governo federal, três
posições de satélite privados sobre a Amazônia e o governo lançou,
finalmente, o projeto de dois satélites públicos".