Joaquim Barbosa: 'Hoje a vida pública não atrai pessoas de valor'
Entrevista de Joaquim Barbosa a Roberto D’Avila vai ao ar nesta quarta-feira, dia 2 de dezembro, às 23h30, na GloboNews.
Joaquim Barbosa, ex-procurador da República e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, onde também ocupou a Presidência, é o entrevistado de Roberto D’Avila nesta quarta-feira (2), às 23h30, na GloboNews. Ele, que foi o primeiro convidado do jornalista na estreia de seu programa na GloboNews, em março de 2014, volta para analisar o atual momento político e os desdobramentos da Operação Lava-Jato no Congresso e na sociedade.
Pouco mais de um ano depois de se aposentar, o ex-ministro diz que não sente falta da vida pública. Foram mais de 40 anos dedicados a ela, sendo 11 deles ao STF. Fora do cenário político, ele diz que vê o Brasil como um país sobressaltado. “A cada momento acontece uma estupefação nova”, declara, creditando as raízes da crise ao início de uma confrontação do país consigo mesmo. Sobre a crise política atual, o ex-ministro é enfático ao afirmar que o país “precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do estado”.
Pouco mais de um ano depois de se aposentar, o ex-ministro diz que não sente falta da vida pública. Foram mais de 40 anos dedicados a ela, sendo 11 deles ao STF. Fora do cenário político, ele diz que vê o Brasil como um país sobressaltado. “A cada momento acontece uma estupefação nova”, declara, creditando as raízes da crise ao início de uma confrontação do país consigo mesmo. Sobre a crise política atual, o ex-ministro é enfático ao afirmar que o país “precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do estado”.
Apesar de tudo, Barbosa afirma que parte das instituições continua funcionando, sobretudo as de controle do estado, como a Polícia Federal. Mas cita a Presidência como a que menos funciona. “O presidente é o centro de gravidade, o catalisador de todas as ações mais importantes. Precisa se comunicar com a nação, o que não ocorre hoje. A presidente se volta para si mesma, para os seus amigos, correligionários, não tem diálogo franco com a nação”, opina. Mas, ainda assim, não acredita em impeachment. “Não existe impeachment sem vontade clara da população. É um mecanismo regular de sistema presidencialista, mas é traumático. Pode trazer consequências como crise econômica, desemprego, congresso com o presidente desmoralizado”, pondera.
Ele comenta ainda a prisão do senador Delcídio do Amaral, fala sobre corrupção e lembra que os Estados Unidos eram um país muito corrupto até a década de 30, assim como a Inglaterra. Defende o voto facultativo, diz que só sofreu ameaças uma vez pelas redes sociais e que foi vítima de racismo no Supremo.
A entrevista de Joaquim Barbosa a Roberto D’Avila vai ao ar nesta quarta-feira, dia 2 de dezembro, às 23h30, na GloboNews.
Ele comenta ainda a prisão do senador Delcídio do Amaral, fala sobre corrupção e lembra que os Estados Unidos eram um país muito corrupto até a década de 30, assim como a Inglaterra. Defende o voto facultativo, diz que só sofreu ameaças uma vez pelas redes sociais e que foi vítima de racismo no Supremo.
A entrevista de Joaquim Barbosa a Roberto D’Avila vai ao ar nesta quarta-feira, dia 2 de dezembro, às 23h30, na GloboNews.
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