A pastora Bianca Toledo revelou nesta quinta-feira (7), como descobriu que o seu marido, o pastor Felipe Garcia Heiderich, estava abusando do seu filho de cinco anos. Foi a própria pastora quem denunciou o caso. Felipe está preso na Bangu 10, desde o dia 5 deste mês, mas nega as acusações.
Segundo Bianca, quem lhe alertou foi uma funcionária da sua casa, mas demorou para que ela descobrisse de fato o que estava acontecendo.
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"Nós nos amávamos muito e quando a babá me contou essas coisas, começou a me alertar, ele passou a odiá-la e dizer que as histórias eram inventadas. Um ano depois, ela parou de cuidar do meu filho”, revelou ao jornal Extra. O casamento durou dois anos e meio.
A pastora conta que na época, não passava pela sua cabeça que o caso se tratava de abuso sexual. Mas depois começou a desconfiar do comportamento do pastor já que depois de seis meses do casamento, ele começou a recusar sexo.
"Ele sempre dava desculpas de que estava com algum tipo de doença e, no mês passado, ele passou a dizer que estava com uma suspeita de tumor na hipófise. (…) Ele falou que queria ir sozinho (ao médico) para falar sobre coisas do passado da vida dele, que não queria que eu escutasse. Quando voltou disse que estava diagnosticado com a doença, mas não mostrou nada comprovando. Foi aí que passei a desconfiar dele. Liguei para a médica, que me disse que ele tinha mentido. Contou também que meu marido tinha dupla personalidade e é homossexual”, diz Bianca.
Foi quando Bianca resolveu chamar o filho para uma conversa, após relembrar o que a babá lhe disse. "Tentei tratar o tema de forma bem lúdica. Perguntei onde ele dormia quando a mamãe viajava. E ele disse que era na cama junto com o papai. Perguntei também se alguma vez o papai tinha dado banho nele. E o relato foi horrível”.
A pastora conta ainda que passou a fingir que estava acreditando na doença que ele inventou e procurou um terapeuta para o filho contar mais detalhes sobre os estupros. "-Na primeira consulta, ele disse que tinha muitos segredos a contar. Mas somente na segunda consulta entrou nos detalhes. Eu gravei tudo.”
Bianca confrontou Felipe no dia 13 de junho, com orientação dos advogados. "Ele num primeiro momento disse que não havia "curado" a sua homossexualidade. Argumentei que já sabia que ele estava abusando do meu filho e que em cinco dia tomaria as providências necessárias”.
Foi quando ela saiu da casa e foi para um hotel com o filho. "Ele mandou uma mensagem para um amigo dizendo que tinha desistido da vida e que iria se matar. Ao chegarem ao apartamento, encontraram fotos minhas e do meu filho espalhadas pelo chão e uma carta em que ele dizia que tinha tomado duas caixa de tranquilizante.”, diz ela, afirmando que Felipe teria simulado um suicídio.
Depois, o pastor foi levado para um hospital no Rio de Janeiro, e no mesmo dia foi transferido para uma clínica psiquiátrica. "Lá ele foi diagnosticado com dupla personalidade e transtornos de personalidade. Eu queria que ele ficasse internado, mas meu advogado me disse que, se eu não denunciasse o caso à polícia, eu seria cúmplice. No mesmo dia fui à delegacia”
Conforme a delegada Cristiana Bento, titular da Dcav, diz que o pastor mostrou "alto grau de perversão”. "a prisão do indiciado é imprescindível, uma vez que o indiciado é acusado de ter cometido crime gravíssimo, inclusive considerado hediondo”, afirmou a titular em pedido de prisão do acusado.
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