sexta-feira, 27 de abril de 2012

Esquenta a corrida por nomes à Prefeitura de Manaus

A meses das Eleições 2012, a lista de candidatos ao Executivo está aberta - e a disputa por apoio esquenta dentro dos partidos.

 
Arte: Portal Amazônia
Indecisão ronda candidatos
Um dos nomes lembrados para o pleito é do o ex-senador pelo Amazonas, Arthur Neto. Em entrevista à reportagem, ele disse não poder falar sobre uma possível candidatura. Um nome direto do PSDB ou o apoio ao candidato de outra legenda só será definido após reunião do partido. “O momento não é de precipitação. Por enquanto, vamos ficar fora das especulações. O importante é que uma corrida exige resistência e estratégia. A conversa é de prata, mas o silêncio é um bom ouro”, argumentou.
Única possível candidata mulher, a deputada federal Rebecca Garcia também adota o discurso da cautela. Questionada se disputará as eleições deste ano, ela lembrou fazer parte de grupo político do governador Omar Aziz (PSD) e do senador Eduardo Braga (PMDB). “Estou disponível e estamos trabalhando. No caso do PP, não existe um outro nome. A decisão final deve ficar para maio, pois as convenções têm de acontecer até junho”, assinalou.
O apoio de Braga também abre espaço para especulações entre outros nomes. Um deles é o do deputado estadual Marcos Rotta, do mesmo partido do senador. A sigla, inclusive, se reúne nesta sexta-feira (27) para discutir questões eleitorais. Candidatos a prefeito do interior e os coligados ao partido estarão juntos, mas a decisão sobre o nome para a prefeitura de Manaus – se do partido ou de alianças – não será acertada agora. “Quem me apontou foi o senador Eduardo Braga. É claro que todo político almeja subir um degrau, mas é preciso apoio”, desconversou o deputado.
Outro nome que circulou entre os possíveis candidatos era o do atual vice-governador do Estado, José Melo. Braga declarou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que ele era um dos nomes indicados à eleição. No entanto, em várias oportunidades Melo negou o interesse na disputa.
Quando o assunto é Partido dos Trabalhadores, há um racha dentro da própria legenda amazonense. O deputado federal Francisco Praciano disse estar à disposição do pleito, mas alegou depender do grupo para disputar as eleições deste ano. Isso porque, segundo ele, o partido está divididos em três alas. Uma delas, a maioria, quer apoiar a reeleição do atual prefeito de Manaus, Amazonino Mendes. Outra parte busca a parceria com Braga e Omar. O terceiro e menor grupo salienta a candidatura de Praciano. “Ainda é possível convencer, mas a situação é delicada. Não estou desesperado, mas espero que ponham a mão na consciência e priorizem a ética”, alfinetou o pestista.
Nos casos em que há mais de um possível candidato, é realizada a eleição de delegados. O objetivo é a votação para decidir por um nome ou alianças. A situação do PT, por exemplo, será decidida em reunião no próximo dia 28 de abril.
Por meio de assessoria, Amazonino Mendes afirmou que não tentará a reeleição, apesar de “haver tempo para mudanças”. Sobre a possível parceria entre o prefeito e o grupo de Braga e Omar, a resposta é a mesma: não há confirmação sobre nenhuma das suposições.
No caso de José Melo, o cientista político Carlos Santiago explicou que, se ele tentasse o cargo de prefeito de Manaus, ele seria obrigado a se afastar do Governo. A descompactibilização do cargo deveria ser feita seis meses antes do primeiro turno das eleições, ou seja, até o início de abril. Prefeitos e governadores podem continuar em seus cargos e ainda sim tentar o pleito. O mesmo acontece com deputados e vereadores. “Mas a situação é diferente para secretários, diretores ou administradores de instituições públicas no Poder Executivo. Estes também precisam sair seis meses da eleição, pois são cargos de confiança”, completou Santiago.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções partidárias para a escolha dos candidatos devem ser feitas entre 10 e 30 de junho. Os registros de candidatura dos prefeituráveis têm o prazo limite até dia 5 de julho.
Hissa Abrahão e Serafim Corrêa largam na frente
Nesse cenário de intensa movimentação pela confirmação de candidatos, dois nomes já figuram oficialmente a lista dos políticos na corrida ao cargo de prefeito da capital amazonense. Serafim Corrêa e Hissa Abrahão fecharam com seus respectivos partidos pela candidatura própria. Para o PSB e o PPS, não haverá coligações ou alianças, diferente dos outros possíveis concorrentes.
Atualmente vereador de Manaus, Hissa Abrahão foi o primeiro a confirmar sua candidatura para prefeito da capital. Em maio do ano passado, o partido apontou seu nome em um consenso final. Segundo ele, o terceiro lugar quando candidato ao governo, em 2010, foi decisivo para convencer o partido. “Nesta eleição de 2012, vamos com o espírito de que é possível vencermos”, declarou, confiante.
O ex-prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, também será candidato com a chapa própria. Seu vice já foi decidido: o deputado estadual Marcelo Ramos. “Encaramos esta eleição com muita responsabilidade. Vamos enfrentar os problemas da capital. Nossos objetivo principais  são as questões urbanas, como trânsito e desenvolvimento, forma de administrar, saúde e educação”, adiantou o economista

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