segunda-feira, 10 de outubro de 2016

É ROMBO SOBRE ROMBO E OS PACIENTES DO HOSPITAL 28 DE AGOSTO, E FRANCISCA MENDES TODOS SOFRENDO POR FALTA DE ASSISTENCIA MÉDICA

Operação Maus Caminhos: Fantástico exibe reportagem sobre corrupção na saúde do Amazonas

Mouhamed Moustafa chefiava, de acordo com a Polícia Federal, uma organização que fraudava a saúde do Estado (Foto: Reprodução/TV Globo)
Mouhamed Moustafa chefiava, de acordo com a Polícia Federal, uma organização que fraudava a saúde do Estado (Foto: Reprodução/TV Globo)
MANAUS – Reportagem do Fantástico deste domingo, 9, mostrou o esquema de corrupção no sistema de saúde do Amazonas, descoberto por investigação da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União, que resultou na Operação Maus Caminhos, deflagrada no dia 20 de setembro passado.
O foco da reportagem foi o médico Mouhamad Moustafa, acusado pela Polícia Federal de chefiar a organização criminosa que desviava dinheiro de contratos firmado pelo Governo do Amazonas com o Instituto Novos Caminhos. Os carros, lanchas e mansões de Moustafa exibidos na TV formam um patrimônio avaliado em 14 milhões. Há cinco anos, o médico tinha um patrimônio de 400 mil, segundo a investigação, que revela um crescimento de 35 vezes nos bens de Moustafá. Ele usava parte do que deveria investir na saúde do Estado para bancar a carreira de artistas sertanejos e na realização de festas.
Ninguém do governo do Estado falou com a reportagem do Fantástico. A Susam (Secretaria de Estado de Saúde) emitiu apenas uma nota em que dizia que suspendeu os pagamentos e que determinou rigorosa apuração interna e que suspendeu, por determinação da Justiça, os repasses ao Instituto Novos Caminhos.
No fim da reportagem, o Fantástico mostra as dificuldades de pacientes em hospitais públicos do Estado do Amazonas, enquanto mais de 110 milhões foram desviados através do contrato com o Instituto Novos Caminhos. O valor é muito próximo do que o governo investiu no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto no mesmo período em que os recursos foram desviados, entre 2014 e 2015.

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