quarta-feira, 9 de maio de 2012

Prefeito de Manaus pede a Deus para viver até o fim do mandato

Especulações a parte, nos últimos meses, Amazonino vem se mostrando cansado. Conforme informações da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), ele toma remédios controlados e segue dieta rígida por conta de um diabetes


Amazonino Mendes durante coletiv na manhã de hoje
Amazonino Mendes durante coletiva na manhã de hoje (Clovis Miranda)
O prefeito Amazonino Mendes (PDT) tem se sentido mal em decorrência de um diabetes, o qual ele enfrenta há anos. Uma fonte próxima ao prefeito informou que ele foi proibido por um médico de São Paulo, durante exames de rotina, de candidatar-se à reeleição por questões de saúde e, nesta quarta-feira (09/05), durante seu pronunciamento após videoconferêcia com o governador Omar Aziz (PSD) e a presidente Dilma Rousseff (PT) para falar sobre a enchente, ele disse o seguinte: “peço a Deus, todos os dias, que não me faltem forças para eu chegar até o último dia e honrar esse mandato, porque a cidade precisa”, frisou.
Especulações a parte, nos últimos meses Amazonino vem se mostrado cansado. Conforme informações da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), ele toma remédios controlados para a doença e segue dieta rígida.
Mesmo se mostrando esgotado, mas sem citar de fato qual seu problema de saúde, familiares, como a sobrinha e secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Mônica Mendes, dizem que ele está bem. “Cansada até eu, que não sou tão velha, estou, e olha que tenho 46 anos. Ele não está doente, de forma alguma. Estivemos em uma reunião com ele, hoje, para definir estratégias, pois o nível do rio está aumentando”, destacou.
Não é o que diz a secretária Municipal de Comunicação Celes Borges. De acordo com ela, Amazonino passa por checapes periódicos e sofre de diabetes. Ela negou que Amazonino tenha ido a Miami (EUA) há alguns dias em busca de tratamento para o pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, responsável pela redução e controle da glicose no organismo. A deficiência ocasiona o diabetes.
Contudo, o que Amazonino demonstrou na manhã de hoje é que está passando por um momento difícil. “Eu não estou preocupado com eleição. Meus amigos, entendam uma coisa: vocês não têm ideia! Vocês não sabem o tamanho da carga que eu tenho. Ninguém aqui sabe. Vocês não têm ideia do que é isso! Eu dei minha vida na prefeitura agora. Eu me esgotei”, frisou, ao ser questionado sobre uma possível candidatura à reeleição.
Ele disse, ainda, que por conta das atividades intensas à frente da Prefeitura de Manaus, chefiada por ele desde 2009, teve “problemas demais”. “Eu busquei solução dos problemas. Tenho obras e números da minha administração que me dignificam muito, que me colocam numa situação confortável (numa eventual disputa). Muita gente que é contra, quando tomar conhecimento do que eu fiz [...] me consagraria. Mas, meu caso é exatamente de esgotamento”, completou o prefeito. Ele acrescentou que existem outras razões para que ele se desligue do processo político, mas não citou quais são.
Sobre a sucessão, Amazonino pela primeira vez se incluiu entre os responsáveis pelos problemas estruturais da cidade. “Nós acumulamos problemas demais. Nós deixamos os problemas acontecerem”, e comentou que é preciso alguém de coragem para resolver tais problemas. O prefeito frisou que, no que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), Manaus, que era a quarta no ranking nacional, vem caindo, e assegurou que as transferências do governo federal “são pequenas, não estão reparando sequer as perdas monetárias”. Ele não informou um possível nome para prestar apoio caso mantenha a decisão de não se candidatar.

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