sexta-feira, 11 de maio de 2012

Terminal Matriz, no Centro de Manaus, pode ser interditado por causa da cheia do rio Negro

Avenida Eduardo Ribeiro começa a ser atingida e é monitorada; Já taxistas da avenida Guilherme Moreira, temem prejuízos


Parte de trás do prédio da alfândega do Porto de Manaus está alagada
Parte de trás do prédio da alfândega do Porto de Manaus está alagada (Antonio Menezes )
A apenas 20cm de atingir a cota da maior cheia já registrada no Amazonas, o rio Negro, que alcançou nesta quinta-feira (10) a marca de 29,61m, já vem ditando o ritmo do funcionamento do Centro de Manaus. Novos pontos do Centro da cidade começam a ser invadidos pelas águas: um trecho da avenida Eduardo Ribeiro e da rua Guilherme Moreira. Na quarta-feira (9), o prefeito Amazonino Mendes (PDT) declarou que o terminal de ônibus da Matriz poderá ser interditado por conta da enchente.
Próximo ao Relógio Municipal, taxistas temem a mudança do ponto da associação em consequência da subida das águas que vêm das galerias, embaixo das vias. De acordo com um dos associados, Paulo Ney, se esse trecho da via sofrer intervenções, os taxistas terão que disputar clientes com outros pontos de táxi no Centro. “Em 2009, eu fiquei sem um local fixo para trabalhar e tive prejuízo por causa disso”, frisou.
O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans) informou que, por enquanto, está monitorando diariamente este trecho da avenida Eduardo Ribeiro e que não tem previsão para interditá-la.
Alguns lojistas da rua Guilherme Moreira, em frente ao prédio da Alfândega, colocaram pallets  nas calçadas para a passagem de pedestres.
Na quarta-feira, após a videoconferência com a presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito Amazonino Mendes (PDT) declarou, em coletiva, que o terminal de ônibus da Matriz poderá ser interditado se o nível do rio Negro alcançar a cota máxima de 30,13 metros, conforme previsão da Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). “A gente está ainda num quarto escuro. As consequências podem ser gravíssimas com uma projeção que nós andamos fazendo, mas são estimativas ainda não definitivas. Nós podemos ficar sem um terminal de ônibus. Nós somos obrigados a ficar na expectativa de vigilância”, disse Amazonino. O CPRM ainda não confirmou se o transbordamento do rio Negro, caso atinja a cota máxima em 2012, poderá inundar o terminal de ônibus da Matriz e comprometer seu funcionamento.
O prédio da Alfândega do Porto de Manaus, um dos pontos turísticos da cidade, também já está sofrendo as consequências da subida do rio Negro. De acordo com a administração do local, o setor de transporte teve que ser deslocado para outra dependência do prédio por conta da invasão das águas. Além disso, uma ponte já foi construída em frente ao prédio da Alfândega para não comprometer o atendimento ao público. Os auditores fiscais da Receita Federal se mostraram preocupados com a situação.
SMTU
Até o fechamento desta edição a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) não comentou sobre intervenções no terminal de ônibus da Matriz. Até o dia 31 de maio, será divulgado pela Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) o último alerta de cheia na região que já afetou 40 municípios do Amazonas, incluindo Manaus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário