SÃO PAULO - Cerca de 5 mil trabalhadores da construção pesada entraram em greve na manhã desta segunda-feira, 4, paralisando grande parte das obras de mobilidade urbana e saneamento em Fortaleza, Região Metropolitana e interior do Ceará, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE).
A entidade havia afirmado, em comunicado à imprensa, que pelo menos 8 mil entrariam em greve hoje. Mas, quando contestada sobre o total dos empregados paralisados nesta segunda-feira (5,05 mil), a assessoria de imprensa afirmou que trabalhadores da usina termelétrica do Porto do Pecém poderão entrar em greve na quarta-feira. O número de 8 mil foi dado pelo sindicato, segundo a assessoria, para pressionar as empresas.
De acordo com o Sintepav-CE, os motivos para a paralisação são o não cumprimento da data base, em abril, e o impasse nas negociações. 'Os trabalhadores cruzaram os braços e foram para a casa, paralisando boa parte das obras', diz o presidente do Sintepav-CE, Raimundo Gomes.
A greve afeta cinco obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, conforme a assessoria do sindicato: o Metrô de Fortaleza (Metrofor), as obras de saneamento do Centro de Tratamento de Água e Esgoto do Ceará, a transposição do Rio São Francisco em Mauriti e as rodovias BR-116 e BR-222.
Os primeiros a aderirem ao movimento foram 600 trabalhadores envolvidos na obra do Metrô de Fortaleza (Metrofor), em greve há uma semana. Hoje, somam-se a eles cerca de 1,6 mil trabalhadores da obra de restauração da BR-222, conduzida pelas empresas Delta, Canter e Getel; outros 1,6 mil que trabalham na transposição do Rio São Francisco em Mauriti, região do Cariri; 100 trabalhadores da obra de restauração da BR-116, de responsabilidade da Delta Construções, em Icó; e 300 das obras do Centro de Tratamento de Água e Esgoto da PB Construções, na Região Metropolitana.
Construções não vinculadas ao PAC também são afetadas. Nas obras de saneamento que estão no entorno do estádio Castelão, 350 trabalhadores aderem à paralisação, segundo o Sintepav-CE. Em três rodovias administradas pela empresa Coral, 300 empregados cruzam os braços. Mais 200 homens paralisam três barragens na região do Cariri.
Os número de empregados em greve - informados no comunicado e no site do sindicato de modo conflitante - foram confirmados com a assessoria de imprensa e fiscais do sindicato por telefone.
A categoria reivindica 25% de reajuste, R$ 300 em cesta básica, plano de saúde para o trabalhador e seus dependentes, participação nos lucros
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