sábado, 23 de junho de 2012

SÓ FUNCIONA NA ÉPOCA DA POLÍTICA Restaurante Prato Cidadão, no AM, está desativado por atraso de aluguel

O local servia em média 600 pratos por dia, no valor de R$ 1.
Estado alugou novo prédio, mas obra de reforma está em licitação.

Carlos Eduardo Matos Do G1 AM
 
Prédio que abrigava o Prato Cidadão não teve aluguel pago (Foto: Tiago Melo/G1)Prédio que abrigava o Prato Cidadão não teve aluguel pago (Foto: Tiago Melo/G1)
O restaurante "Prato Cidadão", localizado na esquina da Avenida Floriano Peixoto com a Rua dos Andradas, no Centro de Manaus, está desativado desde o dia 11 deste mês. O local, que atendia 600 trabalhadores de baixa renda por dia, com refeições a R$ 1, parou de funcionar por falta de pagamento do aluguel, atrasado há 11 meses.

A Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) deu prazo de 60 dias para a reativação do restaurante no Centro. Um outro imóvel, também localizado na Rua dos Andradas, próximo à Avenida Joaquim Nabuco, foi alugado para abrigar o restaurante.

Segundo o coordenador do projeto Prato Cidadão, Wilton Leal, o Estado vai fazer licitação para a obra de reforma e adaptação do novo prédio. "O local precisa de cozinha, piso especial, banheiro para deficiente físico, entre outros itens. A obra será feita com urgência. Sabemos que 600 pessoas estão tendo dificuldades em comprar seu almoço diário e isso pode se tornar um problema social", afirmou.

Wilton explicou que o projeto Prato Cidadão funciona com a parceria de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). No restaurante do Centro, uma fábrica de produtos eletroeletrônicos pagava o aluguel. Outras duas empresas pagavam as contas de água e de energia elétrica, enquanto o Estado era responsável pelo custos de manutenção, limpeza e pela folha de pagamento dos funcionários.

Por causa do atraso no pagamento do aluguel, o proprietário do prédio exigiu a devolução do imóvel. "Esse problema já está sendo resolvido. O novo prédio é maior, mas o número de pratos servidos continuará o mesmo, total de 600, para não afetar os outros restaurantes populares do Centro", afirmou.

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