A sorte está lançada. Apesar dos boatos, mesmo após o sábado de convenções carregadas de surpresas – chegou a circular que o senador Eduardo Braga lançaria, na última hora, sua candidatura –, hoje foi um dia de confirmação das candidaturas já postas. Estarão no páreo, para valer, Arthur Virgílio, Vanessa Grazziotin, Serafim Corrêa e Pauderney Avelino.
Os demais vão marcar posição ideológica, fazer figuração ou, eventualmente, vender a alma ao diabo, isto é, cumprir o triste papel de “peteleco” de quem pagar mais, atacando este ou aquele adversário desafeto do mecenas.
Os três grandes eleitores do pleito são o governador Omar Aziz, o senador Eduardo Braga e o prefeito Amazonino Mendes. Omar e Braga, formalmente, estão unidos em torno da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).
A história do Amazonas, porém, mostra que nem sempre um apoio formal se realiza na prática. Em 1989, quando Mestrinho foi derrotado por Arthur, correu à boca pequena que Amazonino, então governador, não teria “dado o sangue” pelo mentor. Em 1992, na eleição Amazonino X Dutra, enquanto Arthur, prefeito, jogou todas as fichas em Dutra, Mestrinho, no Governo do Estado, fez tão pouco pelo candidato do PMDB, seu partido (Dutra), que, no início do 2º turno, teve que reunir os líderes da coligação e dizer que até ali Arthur tinha conduzido o barco, mas, a partir daquele momento, o timoneiro seria ele. Não foi. E Dutra perdeu fragorosamente.
Amazonino, por outro lado, acabou não coligando para prefeito, nesta eleição. Ficou livre para “seguir a corrente” da opinião pública. Se, numa visita a determinado bairro, sentir que a maré está mais para um nome, esse terá suas bênçãos e até um sutil comunicado, pelo vereador da área, de que o prefeito está com ele. Somente num clima de dúvida, em reuniões mais fechadas, ou se sentir que seu apoio sacramenta o pleito é que manifestará preferência.
O normal, fora das conveniências, é que o prefeito queira fortalecer alguém que esteja contra o senador Eduardo Braga, a quem ameaça enfrentar no pleito para o Governo do Estado, em 2014. Não pode, portanto, apoiar Vanessa Grazziotin, de quem jamais poderia esperar apoio lá na frente. E, depois de tantas farpas trocadas, da mesma forma está separado de Serafim Corrêa. Restarão, nesse contexto, Arthur e Pauderney.
Se vencer o pleito, Arthur Virgílio promete repetir o que fez na gestão 1989-1992 e ficar no cargo até o fim do mandato, sem concorrer ao Senado em 2014, como pretendia anteriormente. Isso abriria caminho para o governador Omar Aziz tentar a vaga, caso volte a afinar 100% com o senador Eduardo Braga e resolva deixar o Governo do Estado para José Melo, em março de 2014.
Vanessa Grazziotin, se ganhar, perde seis anos de Senado, uma vez que terá cumprido, em 1º de janeiro de 2013, dois anos dos oito do mandato completo. Como dizia o ex-ministro da Educação e senador Darcy Ribeiro, “o Senado é tão bom quanto o céu, com a diferença que não precisa morrer para entrar nele”. Se perder, porém, será sua segunda derrota para a Prefeitura de Manaus e isso acaba marcando a carreira de qualquer político.
Pauderney Avelino luta mais para “esquentar” o nome, mas, com a ideia fixa de criar uma “terceira via”, quebrando a possível polarização Vanessa X Arthur, acha que tem chances.
Serafim, correndo por fora, espera chegar ao 2º Turno driblando a própria rejeição e surfando nos tradicionais em torno de 25% dos votos que obtém. Terá que lutar para esses sufrágios não serem “aspirados” por Arthur. Se conseguir, espera juntar os derrotados em torno de seu nome. Caso não consiga, fará como fez nas vezes anteriores e embarca para São Paulo no dia seguinte ao anúncio do resultado do 1º Turno.
A eleição municipal de Manaus, manda a tradição, cria um nome que ocupa o topo entre os eleitores da eleição seguinte para o Governo do Estado. Por isso é tão disputada. Esta é a razão de tantas rasteiras.
Os demais vão marcar posição ideológica, fazer figuração ou, eventualmente, vender a alma ao diabo, isto é, cumprir o triste papel de “peteleco” de quem pagar mais, atacando este ou aquele adversário desafeto do mecenas.
Os três grandes eleitores do pleito são o governador Omar Aziz, o senador Eduardo Braga e o prefeito Amazonino Mendes. Omar e Braga, formalmente, estão unidos em torno da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).
A história do Amazonas, porém, mostra que nem sempre um apoio formal se realiza na prática. Em 1989, quando Mestrinho foi derrotado por Arthur, correu à boca pequena que Amazonino, então governador, não teria “dado o sangue” pelo mentor. Em 1992, na eleição Amazonino X Dutra, enquanto Arthur, prefeito, jogou todas as fichas em Dutra, Mestrinho, no Governo do Estado, fez tão pouco pelo candidato do PMDB, seu partido (Dutra), que, no início do 2º turno, teve que reunir os líderes da coligação e dizer que até ali Arthur tinha conduzido o barco, mas, a partir daquele momento, o timoneiro seria ele. Não foi. E Dutra perdeu fragorosamente.
Amazonino, por outro lado, acabou não coligando para prefeito, nesta eleição. Ficou livre para “seguir a corrente” da opinião pública. Se, numa visita a determinado bairro, sentir que a maré está mais para um nome, esse terá suas bênçãos e até um sutil comunicado, pelo vereador da área, de que o prefeito está com ele. Somente num clima de dúvida, em reuniões mais fechadas, ou se sentir que seu apoio sacramenta o pleito é que manifestará preferência.
O normal, fora das conveniências, é que o prefeito queira fortalecer alguém que esteja contra o senador Eduardo Braga, a quem ameaça enfrentar no pleito para o Governo do Estado, em 2014. Não pode, portanto, apoiar Vanessa Grazziotin, de quem jamais poderia esperar apoio lá na frente. E, depois de tantas farpas trocadas, da mesma forma está separado de Serafim Corrêa. Restarão, nesse contexto, Arthur e Pauderney.
Se vencer o pleito, Arthur Virgílio promete repetir o que fez na gestão 1989-1992 e ficar no cargo até o fim do mandato, sem concorrer ao Senado em 2014, como pretendia anteriormente. Isso abriria caminho para o governador Omar Aziz tentar a vaga, caso volte a afinar 100% com o senador Eduardo Braga e resolva deixar o Governo do Estado para José Melo, em março de 2014.
Vanessa Grazziotin, se ganhar, perde seis anos de Senado, uma vez que terá cumprido, em 1º de janeiro de 2013, dois anos dos oito do mandato completo. Como dizia o ex-ministro da Educação e senador Darcy Ribeiro, “o Senado é tão bom quanto o céu, com a diferença que não precisa morrer para entrar nele”. Se perder, porém, será sua segunda derrota para a Prefeitura de Manaus e isso acaba marcando a carreira de qualquer político.
Pauderney Avelino luta mais para “esquentar” o nome, mas, com a ideia fixa de criar uma “terceira via”, quebrando a possível polarização Vanessa X Arthur, acha que tem chances.
Serafim, correndo por fora, espera chegar ao 2º Turno driblando a própria rejeição e surfando nos tradicionais em torno de 25% dos votos que obtém. Terá que lutar para esses sufrágios não serem “aspirados” por Arthur. Se conseguir, espera juntar os derrotados em torno de seu nome. Caso não consiga, fará como fez nas vezes anteriores e embarca para São Paulo no dia seguinte ao anúncio do resultado do 1º Turno.
A eleição municipal de Manaus, manda a tradição, cria um nome que ocupa o topo entre os eleitores da eleição seguinte para o Governo do Estado. Por isso é tão disputada. Esta é a razão de tantas rasteiras.
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