Desde a noite de sexta feira, a polícia registrou dezoito homicídios na capital amazonense, entre latrocínio, lesão corporal seguida de morte e confronto com a polícia. A maioria deles foi de homicídios encomendados, os chamados "crimes de pistolagem"
Da noite de sexta-feira (6), até a madrugada de segunda-feira (9) foram registrados dezoito homicídios na cidade de Manaus. Os crimes ocorreram em diversas zonas da cidade, alguns foram por lesão corporal seguida de morte, outro por latrocínio, e ainda um em confronto com a polícia. Onze deles possuem características de mortes por encomenda, os chamados crimes de pistolagem.
O mais notório foi o ocorrido na tarde de domingo, quando Elgo Jobel Fernandes Guerreiro, 38, ex-presidiário, e ex-integrante da quadrilha criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi alvejado por cinco vezes enquanto desarmava sua barraca na tradicional feira de artesanato da Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus.
Segundo o Coronel Gouveia, do Comando de Policia Metropolitana, os crimes de pistolagem ocorrem por conta do envolvimento com o tráfico de drogas. “Existe uma relação entre a atividade do tráfico de drogas com homicídios cometidos. Geralmente são disputas por pontos, acerto de contas ou dívidas que geram a encomenda da morte de pessoas", disse o Coronel Gouveia do Comando de Policia Metropolitana.
Ainda segundo Gouveia, a média de homicídios por estado em relação ao resto do país é menor que a média nacional. No entanto, Manaus está acima da média nacional se comparada com outras capitais no número de mortes por cem mil habitantes. “Foi um fim de semana atípico na capital, estes crimes encomendados geralmente acontecem nos sábados e domingos, justamente quando a Polícia Militar intensifica seus trabalhos. Nós fazemos operações constantes, com cerca de dois mil policiais militares nas ruas todos os dias. Neste mesmo período nós realizamos cinqüenta e uma prisões e abordamos dez mil em atitude suspeita. O índice de crimes na zona norte diminuiu com a implantação do programa Ronda nos Bairros” Completa.
Em conversa com a reportagem do acritica.com, a assessoria de comunicação da Secretária de Segurança disse que a maioria dos casos se deu em ambientes passional ou em que esteve presente a determinação dos autores em praticar o crime. Em ambas as situações, a atuação do policiamento público, ostensivo, é muito dificultada quanto à prevenção. Além disso, ainda informou que a Delegacia de Homicídios e Sequestros já iniciou os procedimentos investigatórios para dar uma resposta rápida aos crimes praticados no fim de semana.
Para o coronel, os homicídios por encomenda se resolvem com a integração da Polícia Militar e a Polícia Civil no trabalho de investigação sobre os autores e seus motivos. Mas lembra que o problema da violência não é apenas responsabilidade da polícia. “Só a repressão policial não resolve os crimes ou mesmo a violência, os outros poderes estabelecidos do estado também tem que ajudar na manutenção de uma sociedade mais pacífica e justa", conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário