O bairro Nossa Senhora das Graças está relacionado ao principal ponto de lazer dos moradores da cidade, no inicio do século XX, o campo do Parque Amazonense, fundado pelos ingleses quando estes traçaram as linhas urbanas de Manaus. A atual rua Libertador era o circuito para os páreos de corridas de cavalos que toda sociedade prestigiava. O Parque Amazonense foi adequado como campo de futebol na década de 1910. Com capacidade de público para no máximo 12 mil espectadores.
Em 1947, ocorreu na área do parque uma invasão promovida por um grupo de paraibanos, logo após o final do esforço de guerra. Esses nordestinos vieram para a Amazônia para trabalhar nos seringais abandonados depois de encerrado o primeiro ciclo da borracha, no início do século passado. Conhecidos como soldados da borracha, os trabalhadores ficaram desamparados com o fim da Segunda Guerra Mundial, só restando a eles buscar condições de vida nos centros urbanos.
Bêco do Macêdo
Sem ter onde morar, o grupo passou a ocupar as terras pertencentes à Maçonaria, fincada numa região do Parque Amazonense. Denominado inicialmente como Bêco do Macêdo, o bairro fazia uma homenagem a um dos primeiros moradores do local, Alfredo Macedo, e uma lembrança de suas ruas estreitas, comumente identificadas por becos. A referência à igreja Nossa Senhora das Graças deu o nome definitivo ao local, quando foi construída a primeira capela no bairro, em 1950, mas ainda subordinada à paróquia de Adrianópolis. A capela só ganha status de paróquia em 10 de agosto de 1957, quando é desligada da de Adrianópolis e oficializada, como o nome de igreja Nossa Senhora das Graças.
O princípio do Bêco do Macêdo se efetiva como bairro com a desapropriação das terras e doação aos moradores, garantida pela Lei nº 642, de 07 de julho de 1960. O bairro cresceu e absorveu três importantes pontos de referência da cidade: além do Parque Amazonense, o cemitério São João Batista, e o reservatório do Mocó, que já foi o distribuidor de água para a cidade.
Torcedor na mangueira
Para o Nossa Senhora das Graças, viam moradores de todos os cantos de Manaus assistir os eventos esportivos realizados no Parque Amazonense, com muitos espectadores subindo em mangueiras para ter uma visão do campo, quando não tinham dinheiro para pagar a entrada. As partidas de futebol, as corridas de cavalo e as touradas, realizadas na arena do parque, hoje abandonada, não lembram em nada esses tempos de glória
Moradores ajudam na construção da paróquia
O conjunto Vieiralves era um antigo terreno pertencente à família de Leda Vieiralves, dona de uma imobiliária que loteou e comercializou o local. Em 1993, depois do mutirão de arrecadação de fundos promovido pela própria comunidade foi construída a atual igreja de Nossa Senhora das Graças. No entanto, as obras sociais promovidas pela paróquia datam de longa data, sempre prestando serviço aos moradores do bairro com poucas condições econômicas.
Imóveis valorizados
O conjunto Vieiralves toma boa parte do Nossa Senhora das Graças e tornou-se um lugar bem apreciado com imóveis valorizados. No curso da rua João Valério, a principal do conjunto, bem como outras ruas características por receber o nome de rios da região Amazônica, podemos encontrar centros comerciais, lojas de grifes femininas, masculinas e infantis, clínicas de estética, consultórios médicos e odontológicos.
O Nossa Senhora das Graças está bem servido de atividade comercial, como bares, drogarias, supermercados, academias e escolas de idiomas. Também é fácil avistar prédios e casas luxuosos, escolas particulares, escolas de idiomas, restaurantes e escritórios, um reduto da classe média alta de Manaus.
Atualmente, três shoppings centers estão próximos ao bairro e fazem parte do laser da população, localizados estrategicamente para o consumo da classe média. São eles: Millenium Mall, Tvlândia Mall e Amazonas Shopping.
Na comunidade não existe delegacia nem posto policial, mas a proximidade de bairros com boa infra-estrutura e alto poder econômico minimiza essas dificuldades dos moradores, que podem encontrar atendimento médico nos hospitais próximos.
Bairro guarda monumentos
O bairro Nossa Senhora das Graças guarda em seu perímetro locais de grande importância
histórica para cidade, principalmente da época de seu apogeu urbano, como o reservatório do Mocó, obra em estilo neo-renascentista, do período áureo da borracha. Foi inaugurado em 1899, durante o governo de José Cardoso Ramalho Júnior. A construção abrange uma área de 1.089 metros quadrados, iniciada na administração do governador Eduardo Gonçalves Ribeiro e concluída em 1897.
O reservatório foi planejado e construído com o objetivo de solucionar o problema de abastecimento de água, que no final do século XIX atingia a cidade. O prédio destaca-se por sua estrutura interna, toda em ferro importado da Inglaterra, que suporta dois enormes tanques metálicos, instalados no espaço superior da edificação. Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 13 de Março de 1995, passou por uma grande reforma, realizada em 1998. O reservatório localiza-se em posição privilegiada, na praça Chile, e ainda hoje abastece parte da cidade.
Já o cemitério São João Batista data de 1890, quando a intendência municipal, ou prefeitura, adquiriu as terras pertencentes aos herdeiros do capitão-de-mar-eguerra Nuno Alves Pereira de Mello Cardoso. Ocupa uma área de 92.160 metros quadrados, cercado com muro de alvenaria de pedra e tijolo, com gradil e portões de ferro. O cemitério foi inaugurado em sessão solene, no dia 5 de abril de 1891, mas o primeiro sepultamento ocorreu no dia 19 do mesmo mês, recebendo o corpo do dr. Aprígio Martins de Menezes, médico baiano e primeiro a sistematizar informações sobre a história do Amazonas.
Inaugurado em 1906, o Parque Amazonense inicialmente era destinado apenas para corridas de cavalo, tendo capacidade para abrigar até 12 mil espectadores. Fundado pelos ingleses, que na época transformavam Manaus de vila em metrópole, o campo foi a principal praça desportiva da cidade até 1973, quando foi abandonado, estado em que se encontra até hoje.
Localização
Localizado na Zona Centro Sul de Manaus, o bairro Nossa Senhora das Graças tem seus limites traçados por três importantes avenidas da cidade, como a Djalma Batista, a Senador Álvaro Maia e a Recife e mais a rua Maceió. Suas ruas internas são estreitas, daí o antigo nome de Bêco do Macêdo, sendo as artérias mais importantes a Libertador, a Belém, a Pico das Águas e a Cuiabá. A localidade tem como vizinhança os bairros de Adrianópolis, Chapada e São Geraldo.
Em 1947, ocorreu na área do parque uma invasão promovida por um grupo de paraibanos, logo após o final do esforço de guerra. Esses nordestinos vieram para a Amazônia para trabalhar nos seringais abandonados depois de encerrado o primeiro ciclo da borracha, no início do século passado. Conhecidos como soldados da borracha, os trabalhadores ficaram desamparados com o fim da Segunda Guerra Mundial, só restando a eles buscar condições de vida nos centros urbanos.
Bêco do Macêdo
Sem ter onde morar, o grupo passou a ocupar as terras pertencentes à Maçonaria, fincada numa região do Parque Amazonense. Denominado inicialmente como Bêco do Macêdo, o bairro fazia uma homenagem a um dos primeiros moradores do local, Alfredo Macedo, e uma lembrança de suas ruas estreitas, comumente identificadas por becos. A referência à igreja Nossa Senhora das Graças deu o nome definitivo ao local, quando foi construída a primeira capela no bairro, em 1950, mas ainda subordinada à paróquia de Adrianópolis. A capela só ganha status de paróquia em 10 de agosto de 1957, quando é desligada da de Adrianópolis e oficializada, como o nome de igreja Nossa Senhora das Graças.
O princípio do Bêco do Macêdo se efetiva como bairro com a desapropriação das terras e doação aos moradores, garantida pela Lei nº 642, de 07 de julho de 1960. O bairro cresceu e absorveu três importantes pontos de referência da cidade: além do Parque Amazonense, o cemitério São João Batista, e o reservatório do Mocó, que já foi o distribuidor de água para a cidade.
Torcedor na mangueira
Para o Nossa Senhora das Graças, viam moradores de todos os cantos de Manaus assistir os eventos esportivos realizados no Parque Amazonense, com muitos espectadores subindo em mangueiras para ter uma visão do campo, quando não tinham dinheiro para pagar a entrada. As partidas de futebol, as corridas de cavalo e as touradas, realizadas na arena do parque, hoje abandonada, não lembram em nada esses tempos de glória
Moradores ajudam na construção da paróquia
O conjunto Vieiralves era um antigo terreno pertencente à família de Leda Vieiralves, dona de uma imobiliária que loteou e comercializou o local. Em 1993, depois do mutirão de arrecadação de fundos promovido pela própria comunidade foi construída a atual igreja de Nossa Senhora das Graças. No entanto, as obras sociais promovidas pela paróquia datam de longa data, sempre prestando serviço aos moradores do bairro com poucas condições econômicas.
Imóveis valorizados
O conjunto Vieiralves toma boa parte do Nossa Senhora das Graças e tornou-se um lugar bem apreciado com imóveis valorizados. No curso da rua João Valério, a principal do conjunto, bem como outras ruas características por receber o nome de rios da região Amazônica, podemos encontrar centros comerciais, lojas de grifes femininas, masculinas e infantis, clínicas de estética, consultórios médicos e odontológicos.
O Nossa Senhora das Graças está bem servido de atividade comercial, como bares, drogarias, supermercados, academias e escolas de idiomas. Também é fácil avistar prédios e casas luxuosos, escolas particulares, escolas de idiomas, restaurantes e escritórios, um reduto da classe média alta de Manaus.
Atualmente, três shoppings centers estão próximos ao bairro e fazem parte do laser da população, localizados estrategicamente para o consumo da classe média. São eles: Millenium Mall, Tvlândia Mall e Amazonas Shopping.
Na comunidade não existe delegacia nem posto policial, mas a proximidade de bairros com boa infra-estrutura e alto poder econômico minimiza essas dificuldades dos moradores, que podem encontrar atendimento médico nos hospitais próximos.
Bairro guarda monumentos
O bairro Nossa Senhora das Graças guarda em seu perímetro locais de grande importância
histórica para cidade, principalmente da época de seu apogeu urbano, como o reservatório do Mocó, obra em estilo neo-renascentista, do período áureo da borracha. Foi inaugurado em 1899, durante o governo de José Cardoso Ramalho Júnior. A construção abrange uma área de 1.089 metros quadrados, iniciada na administração do governador Eduardo Gonçalves Ribeiro e concluída em 1897.
O reservatório foi planejado e construído com o objetivo de solucionar o problema de abastecimento de água, que no final do século XIX atingia a cidade. O prédio destaca-se por sua estrutura interna, toda em ferro importado da Inglaterra, que suporta dois enormes tanques metálicos, instalados no espaço superior da edificação. Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 13 de Março de 1995, passou por uma grande reforma, realizada em 1998. O reservatório localiza-se em posição privilegiada, na praça Chile, e ainda hoje abastece parte da cidade.
Já o cemitério São João Batista data de 1890, quando a intendência municipal, ou prefeitura, adquiriu as terras pertencentes aos herdeiros do capitão-de-mar-eguerra Nuno Alves Pereira de Mello Cardoso. Ocupa uma área de 92.160 metros quadrados, cercado com muro de alvenaria de pedra e tijolo, com gradil e portões de ferro. O cemitério foi inaugurado em sessão solene, no dia 5 de abril de 1891, mas o primeiro sepultamento ocorreu no dia 19 do mesmo mês, recebendo o corpo do dr. Aprígio Martins de Menezes, médico baiano e primeiro a sistematizar informações sobre a história do Amazonas.
Inaugurado em 1906, o Parque Amazonense inicialmente era destinado apenas para corridas de cavalo, tendo capacidade para abrigar até 12 mil espectadores. Fundado pelos ingleses, que na época transformavam Manaus de vila em metrópole, o campo foi a principal praça desportiva da cidade até 1973, quando foi abandonado, estado em que se encontra até hoje.
Localização
Localizado na Zona Centro Sul de Manaus, o bairro Nossa Senhora das Graças tem seus limites traçados por três importantes avenidas da cidade, como a Djalma Batista, a Senador Álvaro Maia e a Recife e mais a rua Maceió. Suas ruas internas são estreitas, daí o antigo nome de Bêco do Macêdo, sendo as artérias mais importantes a Libertador, a Belém, a Pico das Águas e a Cuiabá. A localidade tem como vizinhança os bairros de Adrianópolis, Chapada e São Geraldo.
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