domingo, 24 de junho de 2012

Amazonas anuncia entrada no mercado de créditos de Reserva Legal

A ação visa criar iniciativas ambientais que tragam oportunidades de crescimento para o Estado, tendo o homem como principal fator do desenvolvimento sustentável.
[ i ] O trabalho vai auxiliar a implementação da legislação florestal. Foto: Acervo/ DA O trabalho vai auxiliar a implementação da legislação florestal.
Manaus - O governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), fechou uma parceria com a instituição Bolsa Verde do Rio (BVRio), especializada no mercado de créditos de Reserva Legal. A ação visa criar  iniciativas ambientais que tragam oportunidades de crescimento para o Estado, tendo o homem como principal fator do desenvolvimento sustentável.
O acordo entre governo e a BVRio está oficializada por meio do Termo de Cooperação 003/2012, que tem como objetivo a junção de esforços para desenvolver ferramentas e estruturas de mercado de ativos ambientais, com vistas à implementação das políticas públicas ambientais do Amazonas.
A parceria foi oficializada na última quinta-feira, em programação paralela à Conferência Rio+20, no Pavilhão Rio de Janeiro, Parque dos Atletas. O Secretário de Planejamento do Estado do Amazonas, Airton Claudino, acompanhou a secretária da SDS, Nádia Ferreira, no processo.
Serviços ambientais
O trabalho em conjunto vai ser direcionado, principalmente, para auxiliar a implementação da legislação florestal, em particular a adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o estabelecimento de Reserva Legal Florestal, promovendo assim a manutenção da biodiversidade e cobertura florestal em propriedades rurais.
“Essa parceria é importantíssima para fomentar toda essa adequação ao Código Florestal. Nós vamos explorar, junto com o governo do Amazonas, esse mercado de crédito de Reserva Legal”, ressalta o presidente da BVRio, Pedro Henrique de Moura. Ele destacou que o Amazonas tem a liderança para trazer todos os proprietários rurais a um ambiente de legalidade, tendo em vista que no Estado se valoriza o meio ambiente.
Para Nádia Ferreira, a parceria será um incentivo para a regularização de produtores rurais do Estado. “O Amazonas mais uma vez inova nessa parceria com a BVRio, o que fará com que possamos estimular os produtores a partir da finalização do Código Florestal, e aproveitar suas áreas de Reserva Legal para que eles possam adquirir ganhos econômicos com a conservação”, explica.
Educação ambiental
Ao final da cerimônia de entrega do Pacto da Amazônia à ONU e à Presidência da República, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nádia Ferreira, assinou um documento formalizando parceria com o presidente da Ocean Futures Society, Jean-Michel Cousteau, em que se comprometem a trabalhar a questão da educação ambiental na Amazônia de forma integrada.
O coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas do Amazonas (Ceclima/SDS), João Talocchi, que apresentou o evento, avaliou que a parceria é estratégica para o Estado, no sentido de ampliar o interesse das pessoas pela região. “O Jean-Michel tem interesse em continuar o trabalho que o pai dele, Jacques Cousteau, começou na Amazônia, há mais de 20 anos, de educação ambiental. Trazer a educação ambiental, mas com foco construído na Amazônia, para falar dos rios, peixes, árvores, relações entre os ecossistemas, pessoas e etnias que vivem na região. Os amazônidas deverão se conhecer ainda mais e proteger a região”, declarou Talocchi.
Pacto
A iniciativa do Governo do Amazonas para a elaboração de um documento que representasse os povos amazônidas ganhou força e se concretizou na última quinta-feira.
A ‘Carta da Amazônia’, agora transformada em ‘Pacto da Amazônia’, foi entregue ao diretor-executivo da ONU para a Rio+20, Brice Lalonde, pelo governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e provou que a Amazônia Brasileira se uniu e tem voz para ocupar seu espaço nas negociações da Conferência.
A solenidade de entrega aconteceu durante o evento paralelo oficial da ONU: “Construindo juntos o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”, realizado no Rio Centro. O ápice ocorreu durante o pronunciamento de Lalonde, quando este afirmou que o “documento será consultado para as negociações que ainda estão em curso”.

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